Copa do Mundo 2022: Argentina faz o 'jogo da vida' contra o México, na última Copa de Messi; veja

Os hermanos não podem nem sonhar com o empate ou derrota para a seleção mexicana

Luiz Guilherme Ramos
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Neste sábado, a partir das 16 horas (Brasília), a seleção da Argentina entra em campo para decidir sua permanência na Copa do Mundo. Com o futuro seriamente ameaçado, depois de perder na estreia para a Arábia Saudita, os hermanos não podem pensar em um resultado diferente de vitória ou empate, com o risco de antecipar o fim da "Era Messi". 

Não há segredo no vestiário argentino e a conta é uma só: vitória ou empate garantem a permanência na Copa do Mundo e o recolocam na disputa pela classificação. Uma derrota, no entanto, decreta o fim da linha. Na liderança do grupo está a Arábia Saudita, com três pontos, seguida da Polônia e México, com um ponto casa. Diante da possibilidade, os argentinos relembram a história. 

Pior campanha da história

O cenário hipotético não seria o primeiro na história da Argentina. Em outras quatro edições de Copa do Mundo, 1934, 1958, 1962 e 2002, a seleção caiu ainda na fase de grupos, mas nenhuma delas chegaria perto da eliminação deste ano, já que existe toda uma expectativa sobre a última copa de Lionel Messi. Em 34, 58 e 62 a seleção ainda não era considerada uma potência do futebol, enquanto que, em 2002, não havia um nome tão forte quanto o do meia.  

Nesta edição, a Argentina foi derrotada por Nigéria e Inglaterra, além de ter empatado com a Suécia. Na época, o time dirigido pelo técnico Marcelo Bielsa tinha em campo nomes como Batistuta, Crespo, Gallardo, Verón, Caniggia, Ortega, entre outros. Uma grande talentosa, mas já em final de carreira. Em contrapartida, na Copa deste ano o time tem campo, além de Messi, Dybala, Lautaro Martínez, Di María, Julián Álvarez, entre outros de destaque no futebol europeu. 

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Antes mesmo de desembarcar no Catar, a Argentina vivia um bom momento em campo, acumulando uma sequência de 36 jogos sem derrota, bem perto da marca italiana como seleção há mais tempo invicta. Entretanto, a derrota para a Arábia Saudita não apenas derrubou a marca, como também acendeu outro alerta: caso não ganhe este ano, a seleção chegará na próxima edição completando um jejum de 40 anos sem o títulos da Copa do Mundo. 

A última conquista da Argentina aconteceu na Copa do Mundo de 1986, justamente com o México de anfitrião. Na época, sob a liderança de Maradona, os hermanos passaram pela Itália, Bélgica, Inglaterra, Uruguai e, por fim, venceram  a Alemanha na grande final. 

Um outro detalhe importante sobre a partida de hoje é que ela acontece um dia após o aniversário de dois anos da morte de Maradona, o que vem motivando os jogadores e comissão técnica a venceram como forma de homenagem ao maior ídolo da história do futebol do país. 

Por outro lado, um outro ídolo, só não da mesma envergadura por não ter ganhado uma Copa, deve encerrar a sua participação no maior torneio de seleções do planeta. Aos 35 anos, Messi caminha em velocidade para encerrar a carreira de jogador profissional. Mesmo com o talento natural, seria um desgaste muito grande chegar aos Estados Unidos, México e Canadá com 39 anos nas costas. Por conta disso, ele mesmo garantiu que esse seria o seu último mundial. 

Sem ele em campo, a Argentina perde a sua maior referência. O mais perto que a seleção chegou, com Messi em campo, foi do vice-campeonato em 2014, depois de perderem para a própria Alemanha, provando mais uma vez que o futebol também "dá voltas". Argentina e México jogam a partir das 16h (Brasília), no estádio Lusail, em Doha.

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