Copa do Brasil: Águia não poderá jogar a terceira fase em Marabá por determinação da CBF
Sem poder usar o Zinho Oliveira, time terá que buscar um novo local para exercer o mando de campo na próxima fase da Copa do Brasil
Apesar da noite memorável no Zinho Oliveira, que marcou a inédita classificação do Águia à terceira fase da Copa do Brasil, a próxima partida do clube marabaense pela competição terá que ser realizada em outra cidade. O regulamento do torneio rege que os jogos da 3ª à 5ª fase sejam disputados em estádios com capacidade mínima para 10 mil torcedores sentados e "sistema de iluminação adequado para partidas noturnas e transmissões". O Zinho, em Marabá, tem capacidade máxima de 5 mil pessoas.
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Desta forma, o Azulão terá que buscar soluções nas redondezas e avaliar o desafio de contemplar tanto o torcedor marabaense, quanto as determinações da CBF. Há alternativas no Pará e fora, em outros estados.
No Pará
Manter o mando de campo em solo paraense é a solução mais longínqua do ponto de vista geográfico, porém possivelmente mais rentável. A delegação aguiana pode viajar a Belém, um percurso terrestre de cerca de 565 km, o que dá mais de 9h de viagem. A capital paraense oferece três possíveis estádios.
O maior deles é o próprio Mangueirão. O estádio está em fase final de reforma e tem como previsão a reinauguração no clássico entre Remo e Paysandu agendado para o dia 9 de abril. O calendário da CBF prevê que a 3ª fase da Copa do Brasil seja disputada entre os dias 12 e 26 do mês que vem, ou seja, é possível que o Colosso do Benguí esteja apto para o Águia exercer seu mando. O custo do aluguel pode ser um entrave (o valor ainda não foi divulgado pela Secretaria de Esporte e Lazer, que administra o estádio).
A perspectiva é de que o novo Mangueirão possa receber até 50 mil torcedores - o que pode ser interessante tendo em vista que entre os possíveis adversários do Azulão na terceira fase estão Vasco, Flamengo, Corinthians, Palmeiras e Fluminense. A definição será por sorteio.
Ainda em Belém, o Águia poderia tentar Curuzu ou Baenão. Como Remo e Paysandu também avançaram para a terceira fase, os dois estádios particulares da capital paraense podem não estar disponíveis, mas têm custo de operação menor, assim como capacidade inferior. A carga máxima do estádio remista é de pouco mais de 13.700 pessoas, enquanto a casa bicolor recebe até 16.200 torcedores.
A Arena Verde, em Paragominas (394km); e o Rosenão, em Parauapebas (169 km), têm como capacidade máxima 10 mil pessoas, mas os estádios, que não estão sendo usados no Parazão, podem não estar com os laudos em dia e as condições dos gramados são uma incógnita. Além disso, os locais precisam se adequar às condições mínimas exigidas pela CBF quanto a iluminação para jogos noturnos e cabines de transmissão.
Outros estados
Se o custo de deslocamento do clube e de torcedores for o foco principal, a diretoria aguiana tem duas opções mais próximas, mesmo que em outros estados. A primeira delas é o Estádio Frei Epifânio D'Abadia, em Imperatriz, no Maranhão. A cidade fica a 235 km de Marabá, o que dá cerca de 4h de viagem de carro. A praça esportiva pode receber até 10.100 torcedores, porém, com o time da casa, o Imperatriz, fora da elite do Campeonato Maranhense, não tem sido utilizado e seria necessário saber quais as condições de jogo do local.
A mesma situação acontece com o Estádio Mirandão, em Araguaína, no Tocantins. Em tese, a praça esportiva pode receber 10 mil pessoas, entretanto não tem sido utilizada já que nenhum clube da cidade está disputando a primeira divisão do Campeonato Tocantinense. A cidade fica a 281km de Marabá, aproximadamente 4h30 de traslado.
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