Com quase 1 milhão em dívidas, presidente da FPF fala em 'desastre financeiro' e 'corte de gastos'

Ricardo Gluck Paul assumiu o comando da Federação Paraense de Futebol e divulgou balanço financeiro que mostra prejuízo nas contas e necessidade de enxugar a folha

Luiz Guilherme Ramos
fonte

Desde que assumiu o comando da Federação Paraense de Futebol (FPF), em junho, Ricardo Gluck Paul tem se debruçado sobre a situação financeira da entidade. Recentemente, o gestor divulgou um balanço que mostra um prejuízo de quase um milhão de reais, nas contas referentes aos meses de maio e junho deste ano, período de transição entre a sua gestão e a anterior, da ex-presidente Graciete Maués.

• Whatsapp: Gosta de apostas? Receba notícias e conteúdos exclusivos sobre futebol, NBA e loterias. É grátis!

Entre os principais volumes registrados encontra-se um débito bancário, que, segundo o presidente, começou com o valor de R$ 80 mil e hoje ultrapassa os R$ 240 mil. "Em janeiro, existia uma divida com o banco de 80 mil. Estamos na fase de entender essa dívida, que vem de cheque-especial. Ela foi apresentada para a gestão interina e eles não pagaram. Hoje, ela já virou mais de 200 mil reais, ou seja, mais do que dobrou", declara. 

SAIBA MAIS

image Presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul assina exonerações e nomeia novos diretores
Confira as listas conseguidas por meio de uma fonte interna da FPF


image Com covid, presidente da FPF afirma que instituição vive crise financeira e Graciete Maués rebate
Presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, informou que está com covid-19 e irá se afastar por uma semana das atividades. Mandatário citou que a FPF vive uma grave crise financeira e que se agravou nos últimos meses, na gestão de Graciete Maués


image Presidente Ricardo Gluck Paul promete a criação de uma diretoria de ética e transparência na FPF
A informação foi divulgada pelo próprio dirigente em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal.


image Eleições FPF: presidente interina avalia seis meses de gestão. 'Cumprimos o nosso dever', diz; vídeo
Graciete Maués está à frente da entidade desde o mês de dezembro e nesta quarta-feira entrega o cargo ao novo gestor que deve ser conhecido até o início da noite


 

O presidente segue atribuindo o caos financeiro à desorganização promovida pela administração anterior, que, segundo ele, deixou salários atrasados e aumentou a despesa de pessoal, provocando um colapso que teve como estopim a decisão da CBF de suspender os repasses financeiros à entidade, como forma de resposta a não convocação das eleições em período hábil. 

"Chegamos aqui com dois meses de salario atrasado. A federação podia ser um exemplo de gestão. Quando a presidência interina assume, ao invés de se preocupar em fazer a eleição como determinava o estatuto, ela não se preocupou com a eleição e nem com as finanças, resultando num desastre financeiro", conta, ao exemplificar o inchaço administrativo.  

"Incluíram sete assessorias de 3 mil reais cada uma. Ou seja, 21 mil reais a mais no mês, além de outras despesas de departamento, aquisição de material, computadores, cortinas, moveis, ar condicionado, viagens. Essas despesas emparelharam a FPF. Mantiveram as despesas existentes e incrementaram novas. Essas situação perdurou cinco meses. Em consequência disso, a CBF deixou de pagar o valor mensal de 100 mil reais. Tem duas parcelas atrasadas, que a FPF não recebe da CBF. E eles estão corretos", aponta. Segundo o presidente, todos os assessores contratados na reta final já foram exonerados.

Ainda segundo Gluck Paul, a Federação hoje tem dívidas de 900 mil somente em contas vencidas, o que torna a gestão da entidade uma missão indigesta. "Nosso trabalho vai ser no sentido de recuperar a despesas, exonerar assessores. Estamos cortando todas as despesas possíveis e buscando a regularização junto à CBF. Nunca tinha ouvido falar disso. Estamos nos recredenciando para que possamos receber esses valores, que ainda não são suficientes para cobrir o buraco", alerta.

Veja o documento divulgado pela FPF no Portal da Transparência da entidade:

Contas FPF

Com isso, o mandatário afirma que alguns compromissos estão em risco, mas a maior perda, segundo diz, ocorreu na própria Confederação Brasileira de Futebol. "Eu acho que vamos correr um risco muito grande. A FPF recebe o recurso até para cobertura de arbitragem. Então, a FPF ja recebeu o que na minha visão é uma das maiores punições, que foi ser descredenciada na CBF. No entanto, temos a convicção de que vamos conseguir equilibrar as contas", encerra. 

A reportagem entrou em contato com a ex-presidente da FPF, Graciete Maués, mas até o momento não obteve resposta. 

 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Futebol
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM FUTEBOL

MAIS LIDAS EM ESPORTES