Filho de Eliza Samudio e do ex-goleiro Bruno, Bruninho Samudio é contratado pela base do Botafogo
Conheça a vida de Bruninho Samudio até chegar ao clube carioca
Ainda sem data definida para estrear, Bruninho Samudio - filho da modelo Eliza Samudio e do ex-goleiro Bruno - já circula pelos domínios do Botafogo. Ele é o novo goleiro de base contratado do clube carioca. Aos 14 anos, vai defender o time nas categorias sub-14 e sub-15, sendo sua primeira experiência em um time do Rio de Janeiro após deixar o Athletico Paranaense, onde ficou um ano e meio.
Nos próximos dias, ele tem o compromisso de assistir às partidas do Botafogo nos estádios. No dia em que fechou a entrada no clube, Bruninho acompanhou o jogo entre seu time e o Palmeiras, num dos camarotes do Engenhão, sua nova casa. Os treinos com a equipe de base começam na próxima segunda-feira, 22, marcando sua entrada no futebol do Rio, onde a mãe, Eliza Samudio, conheceu seu pai, o goleiro Bruno, então profissional do Flamengo.
No Botafogo, além de contar com equipe técnica e multidisciplinar, Bruninho vai ter salário, ajuda de custo com moradia e estudar numa escola particular. Desde que começou a fazer escolinha de futebol, ainda pequeno, em Campo Grande, no MS, onde morava com a avó, Sonia, Bruninho já chamava a atenção dos olheiros.
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Após ser dispensado do time paranaense, ele recebeu propostas de sete clubes, mas optou pelo Botafogo pela presença de Léo Coelho, diretor de futebol da base do time, que já trabalhou com ele no Athletico-PR. Bruninho foi avaliado durante a Copa Voltaço sub-14 de 2024, onde foi eleito o melhor goleiro da competição, e não precisou fazer testes.
Atleta promissor
Com 14 anos e 1,88 m de altura, Bruninho é considerado pelos olheiros do futebol como um dos mais promissores de sua geração.
"Além da altura, tem elasticidade e muita flexibilidade, algo que raramente vemos num garoto tão novo", diz um dos olheiros.
História de vida
O garoto está no nono ano do ensino fundamental e pretende cursar Educação Física, um desejo que também era de sua mãe, assassinada em 2010 a mando de Bruno. Foi no Rio de Janeiro que Eliza Samudio conheceu o ex-goleiro Bruno, numa festa em 2009, quando ele estava no auge no Flamengo. Os dois se envolveram e ela engravidou pouco depois. Em 2009, ao saber da gravidez, Bruno ordenou que Eliza "desse um jeito de não ter o bebê".
Ela recusou. Diante da recusa, o goleiro mandou seus comparsas, incluindo seu braço direito Macarrão, forçá-la a tomar remédios abortivos. Não funcionou, e Bruninho nasceu em 10 de fevereiro de 2010. Mesmo assim, Bruno não queria fazer o teste de DNA e assumir a paternidade do filho. Então, ordenou que Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza sequestrassem o garoto e o mantivessem em cativeiro.
Bruninho foi entregue à ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, e depois encontrado num terreno em Ribeirão das Neves (MG). A partir daí, o garoto teve uma nova chance de vida, mas sua guarda foi disputada pelo pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, e pela mãe da modelo, Sônia Moura, que o cria até hoje.
Bruninho foi morar com a avó em Campo Grande (MS), e desde pequeno mostrou interesse em jogar futebol. A avó tentou direcioná-lo para outros esportes, como judô e natação, mas sem sucesso. Matriculado numa escolinha de futebol, rapidamente chamou a atenção dos professores pela habilidade de agarrar no gol.
Eliza também jogava como goleira na escola e sonhava um dia jogar no São Paulo, seu time do coração. Com Bruninho crescendo e se destacando ainda mais, ele foi chamado para um time infantil. Destacou-se nos campeonatos do Centro-Oeste até ser observado por um olheiro do Athletico Paranaense.
Ao completar 11 anos, Bruninho quis saber sobre sua história, parcialmente contada pela avó. "Ele me questionou sobre a morte da mãe porque se sente culpado pelo crime. Nunca o tinha visto tão revoltado ou abalado. Disse a ele que não é culpado de nada. O único culpado nessa história é o pai", narrou Sônia em entrevista ao jornal EXTRA em 2021.
Depois disso, Bruninho foi morar com a avó em Curitiba (PR), após a morte do marido dela, a quem chamava de pai. Eles foram em busca do sonho do menino, que começou a treinar no Athletico. Em fevereiro deste ano, após seu desempenho em campeonatos sub-13, ele foi contratado pelo time e dispensado em junho, após ser eleito o melhor goleiro do sub-14 na Copa Voltaço e rumores de mau comportamento, negados pela tutora.
Na sua primeira entrevista, à Record, ele falou sobre o pai e disse sentir pena dele. No entanto, ao completar 11 anos, manifestou o desejo de conhecer Bruno: "Pela primeira vez, ele manifestou a vontade de conhecer o pai. Mas disse que esse dia só chegará quando puder olhar Bruno nos olhos", contou a avó ao EXTRA.
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