Estudante de 11 anos representa Rondon do Pará em Jogos Paralímpicos
A vaga no nacional foi garantida no mês de maio, quando Jamilly participou dos Jogos Estudantis Paralímpicos Paraenses em Belém, e conquistou o 2° lugar
A estudante da Escola Municipal João Miranda, Jamilly Silva, de 11 anos, representou o município de Rondon do Pará, entre os dias 22 e 27 de agosto, nos Jogos Estudantis Paralímpicos Brasileiros. Ela competiu na modalidade esportiva de bocha, em Natal, no Rio Grande do Norte. A vaga no nacional foi garantida no mês de maio, quando Jamilly participou dos Jogos Estudantis Paralímpicos Paraenses em Belém, e conquistou o 2° lugar.
No campeonato brasileiro, Jamilly chegou a decisão com outra atleta do município de Barcarena, Região Nordeste Paraense, Pâmela Vitória. Jamilly ficou em segundo lugar e com o placar de de 5 a 2 pra Pâmela Vitória. E a final já mostra o Pará como um estado forte na modalidade.
A estudante tem recebido o apoio da família que a incentiva nos treinos diários. A sua irmã Debora Deulindo criou uma conta nas redes sociais com objetivo de compartilhar a trajetória de Jamilly no esporte. “O desenvolvimento dela tem sido muito bom. Desde quando ela começou muitas pessoas tem incentivado e passado energias positivas. Acreditamos que ela vai chegar longe e conquistar muitas medalhas nas competições”.
Jamilly foi descoberta pelo professor da rede municipal e estadual de Educação Física Carlos Barbosa que, desde 2021, tem treinado alunos com deficiência com objetivo de leva-los para as competições paralímpicas. Segundo o professor, Jamilly é a segunda estudante do município que irá competir na modalidade de bocha fora do Estado.
“Encontrei ela na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Rondon do Pará, conversei com a mãe dela sobre a participação nos jogos e logo de início concordou. Jamilly participou da primeira competição em Belém e já conseguiu se classificar para os jogos de Natal a nível nacional. Estamos realizando treinos diários com a finalidade de preparar ela ainda mais”, explica o professor.
A família de Jamilly iniciou uma campanha nas redes sociais com a finalidade de arrecadar recursos para custear as despesas durante a participação da estudante nas suas competições e para comprar o kit de bocha para a realização dos treinos, que possui um valor elevado. As arrecadações são recebidas através do Pix (94) 9 9290-0351.
Hoje, as nossas atletas da Bocha Paralímpica Classe BC2 são justamente Jamilly Silva, de Rondon do Pará, e Pamela Vitória, de Barcarena. As duas atletas já estão classificadas para os jogos Paralímpicos Estudantis Brasileiros em São Paulo, no mês de novembro de 2022.
A bocha, adaptada para pessoas com deficiência, consiste em lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bola-alvo branca. Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar apenas as mãos, os pés e instrumentos de auxílio, e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. Paratletas com vários tipos de deficiência podem praticar o esporte.
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