Em times rivais, irmãos goleiros da Tuna e do Paysandu dividem paixão pelo futebol Os irmãos Cláudio Henrique e Cláudio Vítor falam sobre a relação dentro e fora de campo Aila Beatriz Inete 19.01.25 7h00 O Parazão 2025 começou e, com ele, conhecemos personagens que, muitas vezes, passam despercebidos no campo. Como, por exemplo, a história de Cláudio Henrique, de 27 anos, segundo goleiro da Tuna Luso, e Cláudio Vítor, de 21 anos, quarto arqueiro do Paysandu, que recentemente subiu das categorias de base. Os dois têm muito em comum, não apenas no nome, mas porque são irmãos e têm trajetórias de vida semelhantes. Em uma conversa leve e descontraída com o Núcleo de Esportes de OLiberal, os irmãos goleiros contaram como a paixão pelo futebol e a relação marcaram suas carreiras. Henrique e Vítor começaram a jogar futebol ainda crianças. Desde cedo, eles sabiam que o gol seria a posição em que jogariam. O pai, segundo o arqueiro da Tuna, até tentou fazer com que os dois jogassem em outras áreas, como na lateral, mas a trave sempre foi o destino certo. "Eu sempre gostei de jogar no campo, sempre amei o gol. Meu pai até tentava me fazer jogar como lateral ou atacante, mas nunca gostei. O gol sempre foi meu lugar", contou Cláudio Henrique, o irmão mais velho. Henrique iniciou a carreira no futebol no Castelo dos Sonhos, em um projeto que tinha em Castanhal, sua cidade natal. O jogador passou por clubes como Castanhal, Desportiva e o Paysandu, onde entrou nas divisões de base em 2014. Cláudio Vítor seguiu os passos do irmão mais velho. Com oito anos, ele começou no futsal, também no Castelo dos Sonhos. Mesmo com as tentativas do pai de fazê-lo jogar mais com os pés, o menino também sabia que queria o gol, e muito pela influência do seu maior exemplo no esporte: o irmão, Cláudio Henrique. Legenda (Igor Mota / OLiberal) "O nosso pai sempre queria que a gente jogasse na linha, e eu, principalmente, como lateral, mas aí vi que para mim não daria muito certo e quis ir para o gol. E uma das maiores inspirações para eu ir para o gol foi meu irmão. Eu vi ele agarrando, eu falei: 'Está ali meu espelho e eu quero ser igual ao meu irmão'", revelou o arqueiro do Papão, que também destacou que Henrique foi fundamental para a sua formação. "Eu me inspiro na capacidade dele, na técnica. Ele gesticula e conversa muito com a equipe. Isso é uma coisa que me ajudou bastante que eu peguei essas referência", completou. Com seis anos de diferença, a relação deles é típica entre irmãos, com muitas brincadeiras, provocações e também muito afeto. Henrique contou que ficou emocionado ao saber que o irmão se inspirava nele. "Eu não sabia que ele tinha ido para o gol por minha causa, e a primeira vez que ouvi, eu lagrimei. Fiquei muito feliz, porque ele me vê como uma referência no gol, e isso me alegrou muito", compartilhou o mais velho. Mesmo com toda a amizade e carinho entre os irmãos, a relação também envolve uma rivalidade. "Já jogamos juntos no futsal e sempre teve aquela disputa: quem fazia gol primeiro", contou Cláudio Vítor. Legenda (Igor Mota / OLiberal) Os irmãos nunca se enfrentaram como titulares, mas os dois lembram dos jogos em que suas equipes disputaram. Cláudio Vítor não deixa o mais velho esquecer das derrotas que já sofreu para o Bicola, incluindo a Supercopa Grão-Pará. No entanto, apesar da competitividade, o apoio é constante. "Eu sempre falo para ele: 'você precisa jogar, tem que rodar, já está na hora. O tempo na base está passando, e ele tem que aproveitar as oportunidades'", explica Cláudio Henrique. A troca de experiências sobre o lado emocional e técnico do futebol é presente na relação entre os dois. Mas a dupla não leva assuntos para a vida fora dos gramados. As semelhanças entre os dois não se restringe só à profissão e ao jeito de falar. Ambos consideram ser parecidos no jeito fora dos gramados, mas dentro de campo, as diferenças se destacam. Enquanto Cláudio Henrique busca a concentração, Vítor é mais extrovertido e tenta dissipar o nervosismo do jogo com descontração. irmãos goleiros Igor Mota / O Liberal Igor Mota / O Liberal Igor Mota / O Liberal Igor Mota / OLiberal "Acho que fora de campo nós somos parecidos, brincalhões. Mas dentro de campo, eu sou mais concentrado, gosto de conversar com a equipe, me manter focado no jogo", disse Cláudio Vítor. "Eu já fico um pouco mais distraído, solto, porque esse é meu jeito. Se eu ficar muito concentrado, fico muito mal. Fico pensando toda hora em alguma situação que acaba me atrapalhando, então fico um pouco mais relaxado, e assim consigo um desempenho melhor", explica Cláudio Henrique. Futuro Cláudio Vítor não deve jogar neste início de temporada em nenhuma competição. O goleiro bicolor está afastado dos gramados por conta de uma lesão no menisco do joelho e está em processo de recuperação. Mas, com o tratamento avançando, o jogador está trabalhando forte para estar bem o mais rápido possível e ficar à disposição do time. "Vou voltar focado, continuar trabalhando forte para, quando o professor precisar de algo, eu estar preparado. Logo que eu me recuperar, o objetivo é trabalhar bastante, voltar com condicionamento físico e, se aparecer alguma oportunidade para mim ser emprestado, eu vou querer ir muito." Para Henrique, os planos são dar continuidade ao trabalho. Segundo da sua posição na Tuna, o goleiro está de prontidão, caso precise entrar em campo para substituir o titular. Além disso, nesta temporada, além do Parazão, a equipe tem o Brasileirão Série D e a Copa do Brasil. A história dos dois irmãos é um reflexo da paixão pelo futebol. Juntos, eles compartilham não apenas o amor pelo gol, mas também o apoio mútuo para continuar crescendo. 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