Em súmula, árbitro relata tentativa de agressão do supervisor da Tuna em jogo com o Remo no sub-20
Episódio ocorreu na primeira semifinal do Campeonato Paraense Sub-20
O árbitro Alexandre Expedito Vieira da Silva Junior, responsável pela partida entre Tuna Luso e Remo, válida pelo jogo de ida da semifinal 1 do Campeonato Paraense Sub-20, relatou em súmula tentativas de agressão por parte do supervisor de futebol da Águia do Souza, Vinícius Pacheco. O duelo ocorreu na última segunda-feira (9), no Centro da Juventude (Ceju), em Belém.
O árbitro registrou na súmula algumas tentativas de agressão física por parte de Vinícius Pacheco. Conforme o relato no documento, o supervisor da Tuna se dirigiu ao juiz na saída do local da partida, após não concordar com as marcações da arbitragem durante o duelo.
"Ao nos aproximarmos do portão de saída do campo de jogo, o referido diretor me esperou perto do local e, com um celular na mão, prosseguiu com as ofensas: 'Ri agora, saf*do! Fala alguma coisa agora, vagab*ndo! Tu é saf*do!' Logo depois, o senhor Fernando Vinícius Pacheco correu e tentou me agredir com um soco", escreveu o árbitro Alexandre Expedito.
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Segundo o juiz, ele só não foi agredido devido à intervenção dos seguranças contratados pela Federação Paraense de Futebol (FPF). Pacheco teria tentado agredir o árbitro novamente, próximo à escada de acesso à sala da arbitragem, mas foi impedido pelos seguranças.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver o momento em que Vinícius Pacheco parte para cima da arbitragem. O supervisor é contido pelos seguranças, enquanto o árbitro e os assistentes sobem a escada.
Conforme o relato do árbitro Alexandre Expedito Vieira da Silva Junior, a atitude de Pacheco teria sido motivada por divergências em algumas marcações do juiz e, após o fim do jogo, ele começou a proferir xingamentos ao árbitro.
Durante a disputa, a Águia do Souza teve um jogador expulso por uma falta dura em cima do adversário. O atleta recebeu o segundo cartão amarelo aos 28 minutos do segundo tempo e desfalcou a equipe no restante do duelo.
De acordo com o documento, o supervisor da cruzmaltino teria proferido vários xingamentos contra o apitador. Pacheco também teria acusado o juiz de campo de ter uma marcação pessoal contra a equipe tunante. Segundo o relato de Alexandre Expedito, as palavras "ofenderam sua honra".
Em contato com o Núcleo de Esportes de OLiberal, a assessoria de comunicação da Tuna informou que não se posicionará sobre o caso.
O clube pode ser denunciado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA). O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por exemplo, prevê pena por "desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões", conforme o artigo 258, além de punições por tentativas de agressões físicas.
A partida terminou empatada em 1 a 1. O jogo de volta deve ocorrer na próxima sexta-feira (13), no Ceju. Quem passar se garante na final.
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