Criticada por Filipe Luís, presença das bets no País renderam contrato de R$ 115 milhões ao Fla

Estadão Conteúdo

Um dos maiores ídolos da história recente do Flamengo, Bruno Henrique foi ovacionado pelos torcedores ao subir no gramado do Maracanã na quarta-feira, um dia após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento em manipulação para favorecer apostadores online. O atacante entrou na reta final do segundo tempo da goleada por 6 a 0 diante do Juventude, em jogo do Brasileirão. Após a partida, o técnico Filipe Luís defendeu o atleta e fez um reflexão sobre a ampla presença das bets no futebol.

"Todos os carros tinham patrocínios de cigarros", relembrou Filipe Luís na coletiva, revelando, em seguida, que poderia ser patrocinado por casas de apostas, caso quisesse. "Eu já recebi várias propostas, mas eu sei o vício que causa em umas pessoas. É uma droga", afirmou o técnico, projetando que esse cenário não deve continuar no futuro. "Daqui a 20 anos vamos olhar e pensar como todos os clubes tinham patrocínio de casas de apostas."

O Flamengo é um dos 18 times da Série A do Campeonato Brasileiro cujo patrocinador master é uma casa de aposta. A marca Flabet, que leva o nome do clube e estampa o espaço mais nobre da camisa rubro-negra, é propriedade da Pixbet. O contrato de patrocínio rende aos cariocas aproximadamente R$ 115 milhões por ano, o maior do futebol nacional.

"O Flamengo, ao lançar a Flabet, está buscando um maior identificação e engajamento com o torcedor. Para que o fã, quando for apostar, opte pela plataforma oficial do clube e faça com que, obviamente, tenha uma boa frequência e receitas maiores, porque obviamente isso gerará um benefício para o próprio clube", afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.

A Pixbet é parceira do Flamengo desde 2022, mas somente em janeiro do ano passado passou a ocupar o espaço de patrocinador master. Há aproximadamente um ano, as partes renovaram vínculo até 2027 e o clube deve receber cerca de R$ 470 milhões até o fim do novo acordo.

O contrato anterior previa um pagamento de R$ 85 milhões anuais ao Flamengo, mas as partes sentaram para ampliar o parceria e aumentar os valores depois de o Corinthians rescindir com a própria Pixbet para fechar com a Vai de Bet um acordo de R$ 120 milhões anuais ao longo de três temporadas. No fim das contas, o Corinthians viu a patrocinadoras rescindir e acordo virar caso de polícia por causa de pagamentos indevidos da intermediadora a uma suposta empresa "laranja".

O patrocínio da Pixbet prevê um aumento progressivo do valor anual recebido pelo Flamengo. Ao renovar o contrato em 2024, a cifra cresceu de R$ 85 milhões para R$ 105 milhões. Neste ano, o número passou a R$ 115 milhões. Em 2026 e 2027, o time carioca irá levar R$ 125 mi por temporada.

Na terça-feira, o Ministério da Fazenda autorizou a Pixbet a operar no Brasil até 2030. A empresa havia sido retirada do quadro de casas de aposta legalizadas pela falta de um certificado técnico exigido pela pasta. Uma liminar permitiu ao Flamengo estampar a marca na vitória por 2 a 0 sobre Grêmio, no fim de semana.

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