Caso Daniel Alves: advogado de defesa reclama de 'exagero' da Justiça ao manter jogador preso
Cristóbal Martell, advogado de defesa de Daniel Alves, reitera que não há risco de fuga do país. Jogador apresentou mais uma versão sobre o caso
A Justiça da Espanha negou o pedido de prisão domiciliar do lateral-direito Daniel Alves, que terá que acompanhar, de dentro da cadeia, todo o processo pelo qual é acusado de estuprar uma mulher de 23 anos no último dia 31 de dezembro, em um banheiro da boate Sutton, em Barcelona. A decisão da corte rendeu comentários do advogado do jogador brasileiro, Cristóbal Martell, que reclamou de excesso de rigor no caso e reiterou que não há risco de fuga do país.
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“Daniel Alves da Silva continua tão inocente quanto antes dessa resolução. A vontade de sair da Espanha e evitar o processo por parte dele é inexistente e a decisão é exagerada. Usa como prova as declarações do boletim de ocorrência e não os elementos apresentados pela defesa”, disse Cristóbal Martell, que defende Alves há cerca de um mês, desde quando o jogador foi preso preventivamente no dia 20 de janeiro.
A fala de Martell foi dada na saída da penitenciária Brians 2, nos arredores de Barcelona, onde o lateral seguirá detido até o fim de todo o processo judicial, algo que pode durar até dois anos. Daniel Alves tem 39 anos e está sem clube desde teve o contrato rescindido unilateralmente pelo Pumas, do México, assim que foi preso na Espanha.
Discurso contraditório
Apesar da fala do advogado, Daniel Alves segue dando versões diferentes do caso. A última apresentada pela defesa do brasileiro e divulgada pelo jornalista espanhol Cesc Maideu é de que Alves, na verdade, teria sido vítima de assédio por parte da mulher.
“Eu não toquei naquela garota. Ela veio para cima de mim”, teria insistido o brasileiro em depoimento, afirmou o jornalista.
Mesmo se colocando como vítima, as provas obtidas pela investigação policial vão no sentido oposto ao que prega o lateral-direito. Em análise pericial do banheiro da área VIP da boate, onde teria ocorrido o estupro, foram encontradas impressões digitais da vítima na maçaneta da torneira, em um espelho atrás da porta e na tampa do vaso sanitário, confirmando as posições descritas, em seu depoimento, pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro.
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