Após condenação, estátua de Daniel Alves em Juazeiro é vandalizada novamente
Moradores pedem a retirada da obra que foi feita em homenagem ao brasileiro em 2020
Após ser condenado a quatro anos por violentar uma mulher em uma boate na Espanha, Daniel Alves perdeu o status de ídolo na sua cidade de Juazeiro, na Bahia. A estátua em homenagem ao então jogador amanheceu nesta quarta-feira (28) coberta de tinta branca, após moradores do município, mais uma vez, protestarem contra a representação do ex-lateral da Seleção.
Desta vez, a obra foi pichado com tinta branca. Mas, no ano passado, a estátua já havia sido vandalizada em sinal de protesto contra a homenagem ao brasileiro que era acusado de cometer o crime. Na ocasião, o objeto foi enrolado em sacos plásticos e fitas. Com a condenação, muitos moradores pressionam a Prefeitura de Juazeiro para retirar a representação de Daniel do centro da cidade.
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Daniel Alves nasceu em Juazeiro e a estátua foi inaugurada em 2020 como uma homenagem ao ex-jogador. Com o sucesso no futebol, o ex-lateral sempre foi visto como motivo de orgulho por boa parte dos moradores da cidade. No entanto, com o caso, a obra foi alvo de vandalismo algumas vezes ainda em 2023.
A prefeitura da cidade ainda não tomou uma decisão sobre a retirada ou não da estátua. Até o momento, a gestão afirmou que só definir o futuro da obra quando todos os recursos forem julgados.
Homenagens retiradas
Após a condenação, o Museu do Bahia retirou a imagem de Daniel Alves do quadro de ex-atletas do clube. O ex-jogador se profissionalizou no time baiano antes de despontar no futebol mundial. Além disso, o nome do brasileiro foi retirado da lista de lendas do Barcelona, que reúne 102 jogadores que se destacaram pelo clube desde sua fundação em 1899.
Caso Daniel Alves
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por violentar sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona no dia 31 de dezembro de 2022. Por conta do risco de fuga, o brasileiro foi preso em janeiro de 2023 até o final das investigações. Com a condenação, Alves permanece em prisão preventiva e deve começar a cumprir a pena após todos os recursos serem esgotados.
Durantes as investigações, o brasileiro deu ao menos cinco versões do caso. Inicialmente, Daniel havia negado o crime e disse que não conhecia a mulher. Já na segunda versão, o então jogador afirmou que teve relações sexuais com a moça, que foram consensuais, mas sem penetração.
Depois, disse que houve penetração, mas que tudo foi consensual. Além disso, o ex-lateral da Seleção disse em um dos depoimentos que a mulher havia feito sexo oral nele sem consentimento dele.
Além dos mais de quatro anos de prisão, Daniel foi condenado a pagar uma indenização de 150 mil euros (R$ cerca de 900 mil) e terá de cumprir mais cinco de liberdade monitorada pela Justiça espanhola.
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