Águia de Marabá promete surpreender na Copa do Brasil 2023
A vaga pode ser chamada de “presente” herdado após o título da Copa Verde que o Paysandu conquistou sobre o Vila Verde (GO).
O torcedor do Águia de Marabá ganhou uma gota de esperança em uma maré de boas vibrações para a temporada 2023 do clube. Isto porque o Azulão está de volta à Copa do Brasil após quase dez anos de ausência da competição. A vaga pode ser chamada de “presente” herdado após o título de campeão que o Paysandu conquistou no último dia 19 de novembro, sobre o Vila Nova-GO, pela Copa Verde.
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Antônio Costa, de 61 anos, é marabaense raiz e um dos mais antigos membros da Garra Azul, tradicional torcida do Azulão. “Infelizmente, não foi uma vaga conquistada pelo título, né? Mas nós temos muito o que agradecer ao Paysandu por ter ganho a Copa Verde e nós termos conseguido voltar à Copa do Brasil”, reconhece o torcedor. Para ele, 2023 promete ser um ano de muito trabalho pela frente, mas o otimismo está em sempre acreditar na boa campanha do Águia e no planejamento de viagens para acompanhar os jogos do time do coração.
“Vamos torcer para que dê tudo certo e os primeiros jogos sejam aqui em Marabá, já que nas primeiras rodadas os confrontos costumam ser mais tranquilos. Mas, depois, quando vierem os times maiores, os jogos serão em Belém, com certeza. Agora mesmo, eu já estou me organizando para viajar e incentivar o time. Eu, como um torcedor que gosta do meu Azulão, já quero estar preparado para acompanhar”, antecipa Antônio.
Torcida de outros estados
Natural do Tocantins, mas vivendo em Marabá desde 1982, mesmo ano de fundação do clube, Benedito Barbosa, de 63 anos, é outro apaixonado pelo Azulão. “Eu conheci o águia de Marabá por meio de um amigo que fazia parte de uma torcida e buscava mais pessoas para reavivar a paixão pelo time. Isso me contaminou”, brinca Bené, como é conhecido entre os amigos. Para esse torcedor, 2023 é um ano que só promete coisas boas para a torcida do Águia de Marabá, não só pela Copa do Brasil, mas também pela passagem do clube pelo Brasileirão.
“A expectativa é das melhores porque, veja bem, nós conseguimos a Série D, o que já dá um bom calendário de jogos para nós, e a Copa do Brasil agora vem de bandeja”, analisa. “No entanto, esse não foi exatamente um presente do Paysandu, eu prefiro chamar de retribuição, porque no passado o Águia por duas vezes segurou os bicolores na Série C”, pondera Bené.
Passado de conquistas
O Águia de Marabá pode ter passado um bom tempo longe da Copa do Brasil, mas tem um passado que coleciona histórias e bons resultados. Em 2008, o Azulãlo chegou a levar para Marabá a “Taça Cidade de Belém”, equivalente ao primeiro turno do campeonato paraense, com uma vitória sobre o Clube do Remo. Em 2010, a vítima foi o Paysandu, que perdeu a “Taça Estado do Pará”, o segundo turno do Parazão, para o Águia.
Apesar do orgulho dessas conquistas, o torcedor marabaense mantém vivas na memória os resultados obtidos contra grandes equipes do futebol nacional. Em 2009, por exemplo, nem mesmo o tricolor mais pessimista imaginaria que o gigante Fluminense-RJ cairia diante de um time do interior do Pará. “Essa é uma boa lembrança que eu guardo com carinho. Em pleno Mangueirão, o Águia venceu o Fluminense por 2 a 1”, relembra Antônio, se referindo ao jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil. “Tenho certeza que o torcedor aguiano tem esperança de que esse desempenho um dia volte a nos dar orgulho”, completa o torcedor.
O Fortaleza-CE é outro time que não tem boas recordações de embates com o Águia. Em 2010, a equipe cearense foi eliminada da Série C do Campeonato Brasileiro pelo Azulão, que jogava em casa. “Mesmo o jogo tendo terminado no empate de 1 a 1, foi marcante porque era um adversário muito difícil. Entramos em campo precisando apenas do empate, conseguimos manter o placar favorável e dentro do Zinho Oliveira. Isso me marcou muito”, conta Bené.
Recalculando a rota
As boas expectativas para a temporada 2023 também já tomam conta da diretoria do Águia que, agora, corre contra o tempo para organizar a casa e entrar com o pé direito na longa agenda de jogos que o clube terá pela frente. Para o vice-presidente do Azulão, o vereador Pedrinho Corrêa, um dos obstáculos está na revisão de contratos de apoio financeiro. “A nossa dificuldade agora é fazer com que essas empresas parceiras entendam que a realidade mudou, que não temos só mais quatro meses de competição. Nesse novo cenário, são necessários dez meses de patrocínio”, explica o dirigente.
Segundo Pedrinho, a responsabilidade com a questão financeira é importante, pois é considerada uma marca do Águia de Marabá, o que rende boas contratações a cada montagem de elenco. “O Águia sempre foi reconhecido por ser um clube que preza pelo seu equilíbrio financeiro. Você dificilmente vai ouvir alguém dizer que não quer vir para o Águia porque o clube não honra com os seus compromissos. Pelo contrário, nós temos até uma certa facilidade de encontrar nomes no mercado de jogadores porque somos conhecidos por ter essa responsabilidade”, frisa o vice-presidente.
Sobre as novidades para o ano que vem, Pedrinho evita antecipar nomes, mas procura tranquilizar o torcedor. “O Águia sempre vem para disputar o título das competições em que ingressa. Estamos trabalhando em um planejamento cujo resultado seja ficar entre os três mais bem colocados, por isso, estamos tendo o devido cuidado em fazer qualquer anúncio”, conclui o dirigente.
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