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Nunes é alvo de Boulos e Marçal em debate da Globo

Candidatos do PSOL e do PRTB acabaram monopolizando o último debate antes da eleição

Agência Estado

Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) protagonizaram os principais embates do debate de maior alcance do primeiro turno, realizado pela TV Globo na noite de quinta-feira, 3. Criticado por todos os adversários, o prefeito Ricardo Nunes(MDB) defendeu sua gestão, buscou fazer acenos ao eleitorado de direita e bolsonarista que disputa com Marçal, mas evitou embates diretos com o ex-coach. A exceção foi quando se posicionou sobre o boletim de ocorrência por violência doméstica registrado por sua mulher em 2011, novamente mencionado pelo candidato do PRTB.

Os candidatos demonstraram mais moderação do que nos encontros anteriores e evitaram se exaltar perante os telespectadores. A exceção à regra foi Marçal, que conseguiu se controlar até se irritar com Boulos, que disse que ele indicou "o time do Doria" para sua equipe e perguntou por que "ele odeia tanto as mulheres".

A provocação do deputado federal não foi por acaso: Boulos vence Marçal no segundo turno, mas perde para Nunes, de acordo com as pesquisas. Por isso, preferiu polarizar com o ex-coach em vez do prefeito.

Foram convidados cinco candidatos para o debate, além de Boulos, Marçal e Nunes, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB).

Os convites obedeceram à norma eleitoral que prevê que, para debates transmitidos por emissoras de rádio e televisão, devem ser obrigatoriamente incluídos os candidatos com representação mínima de cinco parlamentares no Congresso Nacional.

A emissora também acrescentou o critério jornalístico de interesse público para os convites, estendendo-o aos concorrentes que tenham alcançado pelo menos 6% de intenção de voto na última pesquisa Quaest, divulgada dia 30 – o que fez com que o candidato do PRTB, que não tem parlamentares nas casas legislativas, também fosse convidado.

O ex-coach, por sua vez, adotou uma postura moderada, evitando elevar o tom de voz, mas sem deixar de fazer acenos à direita bolsonarista, em especial, aos evangélicos, ao fazer referência à bíblia na hora de citar Cid Moreira. Na segunda metade do debate, porém, com menos gente assistindo, elevou o tom de modo a garantir os cortes que usará nas redes sociais para conquistar essa fatia do eleitorado.

Boulos também tinha uma estratégia costurada e recomendada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma live antes do início do debate. Trazer para o encontro a emoção que faltou à sua campanha. Lula pediu exatamente essa mudança a Boulos no debate, explorando que a maioria das pessoas é mais emoção do que razão.

Por causa disso, o candidato não detalhou propostas, fugiu das explicações para as contradições que foram levadas pelos adversários e tentou se aproximar dos problemas diários das pessoas. Cumpriu o objetivo que tinha para a noite em um momento em que aparece com estabilidade nas pesquisas e boas chances de estar no segundo turno em meio à batalha entre os dois rivais.
Para finalizar, descumprindo a regra, exibiu um exame toxicológico como vacina para eventuais novas acusações de uso de drogas como as feitas por Pablo Marçal na primeira parte da campanha.

Tabata tentou engajar seus eleitores, mas gastou muito mais tempo com as propostas, tentando encaixá-las em quase todas as perguntas e respostas. A candidata do PSB sempre se destacou com essa linha, em todos os debates. Novamente, mostrou-se mais capaz de apresentar aquilo que defende para São Paulo. Mas o discurso técnico até o último Datafolha rendeu apenas 11% dos votos.

A mesma Tabata também serviu de ‘escada’ para o prefeito Ricardo Nunes, que também citou as menções que a deputada fizera ao adversário do PSOL. Do embate, dois candidatos parecem ter monopolizado o programa: Boulos e Marçal. Seja pelo estilo mais aguerrido dos dois, seja por terem, ambos, patrocinado os momentos de maior tensão.

Em comum, os dois querem convencer que o outro é uma ameaça a São Paulo e que eles mesmos são a salvação. Numa corrida eleitoral em que três nomes disputam o voto para chegar ao segundo turno, Boulos e Marçal podem ter marcado pontos para convencer o eleitor a colocar os dois na próxima rodada.

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