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Delegado Eguchi (PRTB) quer implementar ônibus e táxis elétricos em Belém até a COP 30

O candidato esteve no Grupo Liberal para apresentar suas propostas à Prefeitura da capital paraense

Elisa Vaz
fonte

Na última quinta-feira (29), foi a vez do Delegado Eguchi (PRTB) participar da série de entrevistas que o Grupo Liberal está fazendo com todos os candidatos à Prefeitura de Belém. Sabatinado pelos apresentadores Abner Luiz e Elisa Vaz, o concorrente ao Executivo municipal nas eleições deste ano apresentou suas propostas para o ano que vem, caso seja eleito, e respondeu a questionamentos enviados pelos adversários. Todos os nove candidatos vão passar pelo estúdio, e as transmissões ocorrem sempre às terças, quartas e quintas-feiras, de 12h30 às 13h30, no programa Liberal + Notícias, até o dia 12 de setembro. A conversa completa pode ser acessada no vídeo abaixo.

 

Confira um trecho da entrevista e o perfil do candidato:

Pergunta: Candidato, por que o senhor deseja ser prefeito de Belém? O que motivou a sua candidatura?

Eguchi: Todo candidato que ameaça o sistema, o sistema começa a olhar com outros olhos. Em 2020, eu era um desconhecido e quase ganho a eleição, por propostas reais, propostas que estão sendo implementadas pelo ex-prefeito, como o Boulevard da Gastronomia, a Doca, a Ponte de Outeiro para Mosqueiro, todo esse projeto está registrado no TRE-PA e eu até agradeço, porque são projetos que vão beneficiar a população de Belém e grande parte da Região Metropolitana. A minha vinda pelo PRTB, essa briga, eu acredito que o sistema se sentiu incomodado por pessoas que realmente têm compromisso com a população e que não fazem parte do sistema e da politicagem. Sou o único candidato que não tem mandato, que nunca teve ninguém na política e que não tem padrinho político a não ser Deus. E como um candidato que surge do nada consegue ganhar a Prefeitura de Belém, onde existem interesses e oligarquias que quase não consegue derrubar? O eleitor está ficando consciente para escolher o candidato que vai fazer a mudança. Para mim, política não é meio de vida. Nunca tive mandato político e dou graças a Deus quando falam que não tenho experiência política, porque o atual, que tem 30 anos de experiência, está destruindo a cidade. Para ser um bom gestor, não precisa de experiência política, precisa de honestidade, competência, transparência e uma boa equipe técnica. A gente tem vontade, interesse e sou formado em economia, em direito, fui coordenador de delegacia de polícia, fiquei um ano no Interpol, fui advogado com especialização em direito ambiental. Me sinto preparado e tenho competência para administrar a cidade de Belém.

O primeiro tópico do seu plano de governo cita o combate à corrupção. O senhor foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) em 2021 que envolvia supostos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, entre outros. Depois, o inquérito foi suspenso e o senhor foi reconduzido ao cargo. Como essa experiência influenciou sua visão sobre a importância da ética na administração pública, e de que maneira pretende aplicar essas lições em sua gestão como prefeito de Belém, se eleito?

Sobre as acusações que sofri, a agressão que sofri, o processo foi julgado pela 3ª Turma do TRF1, onde a relatora fala claramente, na decisão, que percebe-se perseguição política e pessoal contra o Delegado Eguchi. Só uma denúncia citou meu nome e até hoje ninguém sabe de onde veio essa ligação. Viraram minha vida de cabeça para baixo e não acharam uma vírgula. Foi arquivado em decisão unânime e o MPF foi favorável ao arquivamento, e transitou em julgado sem recurso do MPF, tamanha decisão esdrúxula que existia dentro do processo. Mas, isso é passado. Deus e a Justiça brasileira restauraram nossa história. Antes de eu entrar na política, não tem uma vírgula contra mim. Não sou santo, não sou o cúmulo da honestidade, mas não sou esse bandido que tentaram transformar porque quase ganhei a eleição e estavam querendo tirar a gente de rota para 2024. Isso é passado e a gente vai combater a corrupção como sempre fez na Polícia Federal. Eu tenho quase 20 anos de delegado da PF, trabalho com pessoas extremamente competentes, muitas aposentadas e que em 2020 já tinham sido contactadas e tinham dado sinalização positiva para trabalhar com a gente na Prefeitura. Eles iam trabalhar nos pontos chaves da Prefeitura e isso está de pé. Vamos trabalhar para eliminar a corrupção, é um trabalho árduo, mas, pelo menos, 90% a gente consegue eliminar.

O senhor cita no seu plano de governo a transparência. Quais serão as principais ações concretas que pretende implementar para garantir a transparência na administração municipal?

Essa pergunta é interessante porque saiu, inclusive, em vários noticiários, sobre a transparência dessa atual Prefeitura. Belém é o segundo pior lugar no Brasil em transparência no Siconfi, são as informações fiscais e contábeis que toda prefeitura precisa passar ao Tesouro Nacional. Belém é a segunda pior, eles não passam nenhuma informação, só perde para uma capital. Quando não se quer fazer o trabalho direito, se esconde embaixo do tapete a sujeira. Por que não se passa a informação de que Belém está gastando R$ 120 milhões no Mercado de São Brás e ninguém sabe que, antes disso, o antigo prefeito tinha feito uma licitação e ia gastar só R$ 45 milhões por meio de parceria público-privada (PPP)? O ex-prefeito chegou, cancelou e está gastando mais dos cofres públicos para fazer o mesmo projeto. Será que não poderia ser usado na saúde, educação e segurança?

Uma das suas propostas para educação é o "Hora de estudar", que seria o transporte gratuito para os estudantes em Belém. Como funcionaria?

Poderíamos usar os R$ 120 milhões para pagar o nosso passe livre. Um dos principais projetos nossos é que o estudante não vai mais pagar passagem, não é meia-passagem, é passe livre. Isso é apenas um contrato. A Prefeitura de Belém possui milhares de contratos de onde podemos tirar gordura. Quando eu era criança, minha família nunca precisou comprar material escolar, a gente chegava no colégio e recebia uniforme, sapato, mochila, todo o material didático e todo o material escolar. Nenhuma família gastava com educação. Imagine uma família com três filhos para pegar ônibus de ida e volta todos os dias, é dinheiro que poderia ser usado de outra forma.

Sobre a COP 30, como o senhor avalia a realização do evento em Belém? Caso eleito, o senhor terá 10 meses até o evento. Quais as suas prioridades para receber a maior conferência sobre clima na capital paraense?

A COP 30 para mim é a varinha mágica que Belém vai receber. Tem investimento público imenso, mas isso é a menor parcela, a quantidade de investidores nacionais e internacionais que querem trazer dinheiro para investir é três a quatro vezes mais. É preciso ter um gestor aberto para fazer parcerias. A vocação de Belém é o turismo. Nossa porta de entrada vai ser a COP 30. Queremos colocar Belém entre os cinco melhores pontos turísticos da América Latina. Isso não demanda tanto tempo, 10 meses serão suficientes. Mas não vamos preparar Belém para a COP, o turista vem, passa uma semana e vai embora. O belenense vai ficar, é esse legado que queremos deixar.

O programa "Vale do Silício Amazônico" é uma proposta para incentivar startups, dando vantagens fiscais para empresas se instalarem aqui em Belém. Como pretende atrair investimentos para viabilizar este projeto em Belém? E como fazer isso sem excluir as empresas locais?

Quando falo em trazer empresas, primeiro vamos incentivar as empresas locais, que tenham capacidade de produzir o que a gente necessita para gerar emprego e renda. Vamos trazer aquelas empresas que não existem em Belém e dar esse incentivo. As que já existem vamos ajudar da mesma forma. Vamos colocar a Prefeitura de Belém como grande consumidora dessas empresas. Nós temos a ideia de criar um aplicativo de transporte para Belém, desde 2020. A Prefeitura vai criar uma plataforma para carro e moto, dinheiro todo ficará aqui, e a administração ficará com 5% a 10%, incentivando o povo a pegar o aplicativo. O motorista ganhará de 90% a 95% do valor, e o dinheiro arrecadado ficará aqui.

E sobre a situação dos ônibus aqui em Belém, quais suas propostas?

Não tem ônibus em Belém, tem carroça. Desde 2020 quero trazer ônibus novos, porque os ônibus daqui são todos maquiados, são ônibus usados há 10 anos que passam por uma maquiagem e chegam dizendo que é novo, só para enganar o povo. Queremos ônibus com ar condicionado e automáticos, o motorista sofre passando a marcha nesses carros velhos, e agregar agora ônibus elétricos. E temos um projeto de financiamento de táxi elétrico, vamos atrás de uma linha de financiamento para chegar na COP com táxi e ônibus elétricos, para mostrar para o mundo que estamos focados no meio ambiente.

Perfil do candidato

Idade: 61 anos

Gênero: Sexo masculino

Identidade de gênero: Cisgênero

Orientação sexual: Heterossexual

Cor/raça: Pardo

Estado civil: Casado

Formação: Ensino superior completo, com graduação nos cursos de direito e economia

Ocupação: Servidor público federal

Naturalidade: Belém (PA)

Coligação: “União Bora Belém”

Fonte: TSE

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