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Verão 2024: comerciantes de Belém avaliam o impacto das férias de julho nas vendas

Enquanto alguns relatam redução no movimento de clientes, outros celebram as oportunidades trazidas pelo período

Gabriel da Mota

Com a chegada das férias escolares no meio do ano, muitos belenenses deixam a capital para aproveitar praias e balneários no interior e fora do Estado. Esse movimento influencia diretamente as vendas no centro comercial de Belém, conforme relatado por lojistas e vendedores ambulantes. Apesar do cenário desfavorável para alguns, especialmente para quem não trabalha com produtos de moda praia, há negócios que estão se surpreendendo positivamente com as vendas deste mês.

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Empreendedoras esperam triplicar número de vendas com o veraneio 

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Tendência é que o movimento intensifique ainda mais após as festividades juninas

O ambulante Antônio Santos, 47, vende eletrônicos importados e relata uma queda no fluxo de clientes, embora o fluxo de pessoas ainda seja suficiente para manter as vendas. Segundo ele, a maior movimentação ocorre aos finais de semana, especialmente sextas e sábados, quando as pessoas se preparam para viajar. “É o tempo que elas aproveitam pra fazer as compras pra usar no final de semana”, explica. Antônio estima que o movimento está em torno de 70% do normal e acredita que diminuirá ainda mais até o final do mês.

image Controles remotos são alguns dos produtos importados vendidos por Antônio Santos, 47 (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Apesar da redução, o comerciante mantém a estratégia de ajustar preços e condições de pagamento para atrair vendas. “Às vezes, devido a se planejar pra viajar, o cliente procura gastar menos, então a gente sempre procura fazer uma negociação com o cliente pra sair de uma maneira que dê para os dois lados”, afirma.

Johnny Silva, 54, também é vendedor ambulante e trabalha há 30 anos com acessórios de vestuário, como cadarços, palmilhas e alças de sutiã. Ele também observa um movimento fraco no comércio informal neste julho, refletindo uma tendência dos últimos anos. “Os governantes não olham para o mercado nem formal, nem informal, eles não investem, eles não fazem nada para melhorar o comércio”, desabafa. 

image Johnny Silva, 54, em sua banca de produtos (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Para contornar a queda de movimento em cerca de 50% na comparação com julho do ano passado, a estratégia de Johnny é se adaptar às demandas sazonais. “Na volta às aulas, as meias saem bem porque os pais procuram muito, procuram cadarço, palmilhas. Mas não é a demanda que a gente gostaria que saísse”, admite.

Superando o mês de junho

O relato de Aline Lopes (41), proprietária de uma joalheria que existe há mais de 30 anos no mercado, é diferente. “Eu tenho até que agradecer o mês de julho, porque a gente teve sim uma venda superando até, de certa forma, o mês de junho”, celebra. Aline atribui o bom desempenho à adaptação do estoque com mercadorias para o verão, como semi joias coloridas e peças para uso na praia, que contribuíram para um aumento de 30% nas vendas em relação a junho – considerando o balanço da primeira quinzena de cada mês.

image Aline Lopes, 41, organiza produtos em sua joalheria (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Com uma visão positiva para o restante do mês, Aline já se prepara para a próxima data comercial, lançando promoções e novas coleções. “A gente já vai lançar uma promoção semana que vem, já para os Dia dos Pais. E assim, sempre aí depois vem outubro, que é o Círio, então a gente já vai se programando para as peças dessa data”, planeja.

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