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Pará gerou mais de 30 mil empregos em 2024; saiba quais cidades lideram o ranking

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também revelaram quais são os 10 municípios que mais demitiram paraenses neste ano

Jéssica Nascimento
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O Pará tem um saldo positivo de 33.632 empregos gerados em 2024. Esses são os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). As cidades que mais geraram empregos nesse ano foram Belém, Marabá, Canaã dos Carajás, Parauapebas, Castanhal, Santana do Araguaia, Oriximiná, Paragominas, Santarém e Benevides, significando que houve mais contratações do que demissões nessas localidades. Já em Tomé-Açu, Tailândia, Concórdia do Pará, Bonito, Conceição do Araguaia, Tucumã, Acará, Mocajuba, Goianésia do Pará e São Miguel do Guamá, o saldo é negativo - mais demissões que contratações. 

O ranking de saldo positivo é liderado por Belém, Marabá e Canaã dos Carajás, com 10.563, 3.649 e 3.414 empregos gerados respectivamente. O setor que mais contratou foi o de serviços na capital paraense, representando 65% do total de admissões. O cenário é repetido em Marabá: serviços foram responsáveis por 59% das contratações. Já em Canaã dos Carajás, o setor de construção mostrou força. Dos 3.414 postos de trabalhos gerados, 2.035 pertencem ao setor, equivalente a 59% do total. 

Quanto aos saldos negativos de emprego, Tomé-Açu, Tailândia e Concórdia do Pará lideram com 1.044, 1.020 e 391 menos postos de trabalho respectivamente. Em Tomé-Açu, a indústria foi responsável por 1.099 demissões, resultando em 543 empregos a menos. Em Tailândia, a agropecuária demitiu 1.319 paraenses, contribuindo para 623 empregos a menos na cidade. O mesmo cenário ocorreu em Concórdia do Pará, onde o setor agropecuário desligou 587 trabalhadores, eliminando 446 ocupações.

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O que movimentou a economia das cidades com maior saldo positivo de emprego?

Para Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/PA (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o movimento da economia local das cidades explica o crescimento do emprego, que envolve projetos na exploração animal, mineral e vegetal. Segundo Costa, a mineração sozinha tem o poder de fortalecer os outros setores de maneira muito rápida. 

“Quando você tem, por exemplo, projetos de mineração que precisam ser instalados nos municípios, você automaticamente já movimenta de imediato o setor da construção, que, por sua vez, contrata rápido e muita gente”, explica o supervisor do Dieese. A mão de obra empregada na construção com salários passa a ter poder de consumo e movimenta o comércio e os serviços da cidade, resultando na interligação de setores, de acordo com Costa.

O agronegócio também tem relação direta com o número de empregos no Pará, por causa de parcerias estaduais e internacionais. “Aqui a gente tem o gado, o cacau e principalmente a soja. Se você pegar a exportação do estado, metade do que a gente exporta hoje é soja”, destaca Everson Costa.

O que fez as cidades com piores resultados demitirem mais do que contratar? 

Segundo o supervisor, o saldo positivo ou negativo de empregos depende da estrutura e manutenção de projetos econômicos nas cidades, o que gera demanda de postos de trabalho em algumas épocas e queda em outros períodos. Para o supervisor, todos os municípios passam por este processo - auge de empregos gerados e depois equilíbrio ou diminuição. 

“Altamira passou por uma fase na qual ele foi por muito tempo o município paraense que mais gerava emprego por conta da hidrelétrica. O que aconteceu? O setor da construção não só gerou muito emprego como colocou muita renda na cidade. Só que chegou um momento que houve a desmobilização da mão de obra porque você tem começo, meio e fim pra cada etapa de investimento, de projeto”, exemplifica Costa. 

De acordo com o supervisor do Dieese, há municípios que estão gerando muito emprego hoje, como Belém na construção e nos serviços, mas vai chegar o período de diminuição da demanda de postos de trabalho gerando demissões. Para Costa, as estações do ano interferem na oferta de empregos do Pará. 

“Logo mais o setor da construção vai diminuir porque a gente vai entrar no período chuvoso e muita chuva dificulta trabalhar no setor”, explica Everson Costa. Segundo ele, até a duração do inverno amazônico, o setor de construção naturalmente diminui as contratações e, até mesmo, aumenta as demissões. No caso do agronegócio, com a variação climática extrema, vai haver períodos com mais empregos e outros com mais demissões, de acordo com Costa.

As 10 cidades com mais contratações no Pará em 2024

1.Belém (saldo positivo de 10.563 empregos)

2.Marabá (saldo positivo de 3.649 empregos)

3.Canaã dos Carajás (saldo positivo de 3.413 empregos)

4.Parauapebas (saldo positivo de 2.070 empregos)

5.Castanhal (saldo positivo de 2.053 empregos) 

6.Santana do Araguaia (saldo positivo de 1.054 empregos)

7.Oriximiná (saldo positivo de 1.053 empregos) 

8.Paragominas (saldo positivo de 1.002 empregos)

9.Santarém (saldo positivo de 934 empregos)

10.Benevides (saldo positivo de 917 empregos)

As 10 cidades com maiores demissões no Pará em 2024

1.Tomé-açu (saldo negativo de 1.044 empregos)

2. Tailândia (saldo negativo de 1.020 empregos)

3.Concórdia do Pará (saldo negativo de 391 empregos)

4.Bonito (saldo negativo de 378 empregos)

5.Conceição do Araguaia (saldo negativo de 285 empregos) 

6.Tucumã (saldo negativo de 260 empregos)

7.Acará (saldo negativo de 146 empregos)

8.Mocajuba (saldo negativo de 146 empregos)   

9.Goianésia do Pará (saldo negativo de 144 empregos)

10. São Miguel do Guamá (saldo negativo de 92 empregos)

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