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Roubo de dados virtuais aumenta preocupação entre consumidores, diz pesquisa; saiba como se proteger

Especialistas dão dicas de como evitar golpes virtuais

Emilly Melo
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Uma mensagem ou ligação de um número desconhecido, geralmente, se identificando como uma empresa que oferta serviços ou promoções acende um alerta de tentativa de golpe em muitas pessoas. É comum que essa prática, chamada de phishing, seja usada por criminosos que desejam descobrir informações pessoais para obter vantagens financeiras ilegais. Segundo um relatório desenvolvido pela Serasa Experian, 21% dos consumidores afirmam terem sido vítimas desse tipo de crime no Brasil.

O empresário Iury Barreto, de 30 anos, conta que recebeu uma mensagem de um número desconhecido pelo WhatsApp, que se identificou como uma empresa que atua na promoção de conteúdos. Inicialmente, o paraense desconfiou da oferta, mas as propostas feitas pelos criminosos fizeram com que Iury acreditasse na suposta empresa.

“Eles te perguntam se tens interesse e pedem alguns dados para confirmar o seu cadastro, como forma de agradecimento, para provar que eles são reais, pagam um Pix de R$ 20. Então, pedem nome, telefone, profissão e idade, e que, na verdade, provavelmente devem vender esses dados”, relembra.

De acordo com o empresário, o golpe é bem sistematizado e os criminosos se aproveitam da questão emocional das vítimas. Após o episódio, Iury revela que se mantém atento às informações que compartilha na internet. “Hoje, eu fico muito atento a qualquer link, qualquer informação que eu preencha na internet. Tudo isso para evitar que os meus dados sejam expostos, porque esses golpistas vêm a partir de dados vazados e de informações que eles conseguem na internet”, declara.

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Como proprietário de uma empresa, ele admite ter um cuidado com a segurança digital do seu estabelecimento e prioriza softwares confiáveis e a contratação de profissionais da área para realizar ações preventivas.

Como se proteger dos golpes?

Allan Costa, pesquisador de segurança cibernética, explica que a melhor forma de se proteger das ameaças virtuais é adotar uma abordagem multifacetada que inclua medidas técnicas, educacionais e comportamentais.

“A utilização de software de segurança é essencial. Isso inclui a instalação e manutenção de programas antivírus e antimalware de renome, que ajudam a detectar e eliminar ameaças antes que causem danos. Além disso, a configuração de firewalls é crucial para bloquear acessos não autorizados à rede. Usar VPNs (Virtual Private Networks) também é recomendado para garantir a privacidade e a segurança das comunicações online, protegendo os dados transmitidos contra interceptações maliciosas”, orienta.

O pesquisador também ressalta que é fundamental usar senhas fortes, complexas e diferentes para cada serviço. Além disso, ele destaca que a implementação da autenticação multifator (MFA) adiciona uma camada extra de segurança, tornando mais difícil para os invasores acessarem contas, mesmo que obtenham a senha.

“A combinação dessas práticas de segurança cria uma defesa robusta contra ameaças cibernéticas, protegendo tanto indivíduos quanto organizações de possíveis ataques e garantindo a integridade e a confidencialidade das informações”, diz o pesquisador.

A delegada Vanessa Lee, titular da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (Deccc), recomenda que, ao perceber que sofreu um golpe virtual, a vítima deve acionar as suas instituições bancárias para realizar os procedimentos de emergência, como o cancelamento da conta e bloqueio de valores.

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“Imediatamente tem que ir até a delegacia, de posse de todas as informações, porque, muitas vezes, a pessoa não tem informação do que ocorreu de fato ou a extensão do prejuízo. Então, depois desse primeiro momento de se dirigir até a instituição bancária, é juntar todas essas informações e se dirigir até a delegacia para fazer o registro da ocorrência”, explica a delegada.

Lee orienta também que, ao se tratar de pagamento e transações financeiras, é necessário ter muita cautela durante o procedimento. “Em caso de dúvida, a pessoa deve se dirigir à instituição financeira ou procurar outros meios de confirmar aquela informação para fazer uma transação segura”, finaliza.

Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024

O “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024”, desenvolvido pela Serasa Experian, mostra que quatro em cada 10 pessoas já sofreram fraude no Brasil (42%). Do total, 57% tiveram perda financeira de R$ 2.288, em média. A pesquisa aponta também um aumento de 58% na preocupação de recorrência de golpes em empresas.

Os golpes mais comuns aplicados, relatados pelos consumidores, são o de uso de cartão de crédito por terceiros ou cartão falsificado (39%); seguido de fraudes financeiras por pagamentos via boleto ou Pix (32%); e phishing (21%). Entre as vítimas, 87% afirmam estar mais preocupadas com a ocorrência dos crimes.

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