Queda no preço do arroz e do feijão ainda não é sentida por empreendedores de Belém

O preço do feijão, no intervalo de um ano, teve redução de 28,73%. Já o arroz teve queda de 1,76% no mesmo período.

Elisa Vaz

Enquanto vários alimentos da cesta básica têm se destacado pelos altos preços, alguns passam por um cenário de baixa em Belém. É o caso do feijão, que, no intervalo de um ano, teve redução de 28,73% no custo, passando de R$ 8,04 o quilo em fevereiro do ano passado para R$ 5,73 em fevereiro deste ano. Já a variação mensal foi de -4,5%, já que, em janeiro, o quilo do feijão era vendido a R$ 6, em média.

Da mesma forma, o arroz está mais barato na capital paraense, com redução de 1,76% no intervalo de um ano e de 0,28% no mês - os preços eram de R$ 7,37 em fevereiro de 2024, R$ 7,26 em janeiro deste ano e R$ 7,24 no mês passado. A queda nos custos dos dois alimentos, que são considerados básicos na mesa dos paraenses, impacta no orçamento de consumidores e empresários.

O empreendedor Sidney Augusto trabalha com a produção de alimentos e entrega de marmitas em Belém. Segundo ele, a compra dos produtos é feita em fardas, já que, comprando em quantidade, o custo é menor e pesa menos no orçamento. Em média, o quilo do arroz e do feijão, varia entre R$ 4,50 e R$ 6 - dependendo da marca do feijão, é possível que chegue a R$ 8 ou R$ 9.

image Empreendedor Sidney Augusto trabalha com a produção de alimentos e entrega de marmitas em Belém (Igor Mota / O Liberal)

Qualidade e local de compra

“Antigamente, o feijão e o arroz eram um pouquinho mais em conta, a gente não vê mais isso, a gente vê que o preço está estagnado nesse valor que eu falei, a partir de 4,50. Você pode até encontrar feijão mais barato, mas é uma qualidade bem inferior. Se a pessoa quiser trabalhar com uma mercadoria de qualidade melhor, aí acaba tendo um custo bem mais alto. Quanto melhor for o produto, mais caro ele é. Aí a gente acaba tendo que se adequar a esses valores que as empresas impõem”, opina.

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O preço dos alimentos depende também do local de compra. Como Sidney comentou, para quem compra em quantidade, o melhor é priorizar os atacados para reduzir o custo dos insumos. “Se você compra unidades, tem um valor, se você compra em fardo, já baixa um pouquinho. Nos atacadões eu vejo que os valores estão um pouquinho elevados, mas nesses mercadinhos pequenos o gasto é bem mais alto para a gente que consome uma quantidade superior, não fica viável”.

image  (Igor Mota / O Liberal)

Já a empreendedora Aline Sampaio Barreto, que atua na mesma área, não costuma comprar em quantidade. Em média, paga de R$ 8 a R$ 9 no quilo do feijão, e cerca de R$ 7 no do arroz. “Eles começaram o ano mais em conta, mas continua o mesmo valor, não alterou tanto. Esses insumos não pesam tanto no valor das marmitas, porque a quantidade não é tão grande, feijão sempre é um potinho. O que está pesando mais hoje em dia é a carne e o frango. Mas, geralmente, como eu trabalho com muita quantidade de açúcar, trigo, leite condensado, creme de leite, eu vou muito em atacadão, para aproveitar as promoções”, conta.

Preço do arroz e feijão em Belém

Produto | Fev/2025 | Jan/2025 | Fev/2024 | Variação mês | Variação 12 meses

Arroz (kg): R$ 7,24 | R$ 7,26 | R$ 7,37 | -0,28% | -1,76%

Feijão (kg): R$ 5,73 | R$ 6 | R$ 8,04 | -4,50% | -28,73%

Fonte: Dieese-PA

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