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Puxado pela queda do preço do tomate e feijão, preço da cesta básica cai em Belém

A redução nos preços de itens como tomate, feijão, arroz e açúcar foi a principal responsável por esse recuo

Gabi Gutierrez

O preço da cesta básica de alimentos em Belém apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo em setembro. Segundo dados do DIEESE/PA, a cesta, que inclui os principais alimentos consumidos pelas famílias paraenses, ficou 2,58% mais barata em relação a agosto. A redução nos preços de itens como tomate, feijão, arroz e açúcar foi a principal responsável por esse recuo. O tomate, em especial, foi o produto que mais teve uma diminuição expressiva de preço.

Entre os produtos que compõem a cesta básica, o tomate registrou a maior redução de preço, caindo 18,10% em setembro. Essa diminuição teve um impacto significativo no valor final da cesta. Outros alimentos que também ajudaram na queda foram o açúcar, com redução de 3,87%, o feijão, que ficou 2,13% mais barato, e o arroz, com uma leve queda de 0,68%. Em contrapartida, outros itens, como o leite, o café e o óleo de soja, ficaram mais caros, mas o efeito não foi forte o suficiente para impedir a queda total da cesta.

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 Belém lidera a redução no país

No cenário nacional, entre as 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE, Belém se destacou como a cidade com a maior redução no custo da cesta básica em setembro, com a queda de 2,58%. Enquanto isso, São Paulo registrou o maior valor da cesta, custando R$ 792,47, em contraste com Aracaju, que apresentou o menor valor, R$ 506,19.

Mesmo com a queda de preço em setembro, o custo da cesta básica em Belém ainda é alto. O valor total chegou a R$ 647,79, o que representa quase 50% do salário mínimo atual. Isso significa que, para comprar os 12 itens essenciais da cesta, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisa dedicar cerca de 100 horas e 56 minutos de trabalho.

Além disso, para sustentar uma família de quatro pessoas, o DIEESE estima que seriam necessários aproximadamente R$ 1.943,37 por mês, o que equivale a 1,37 salários mínimos.

Acumulado do ano ainda mostra alta

Apesar das quedas recentes nos últimos três meses, quando se olha para o acumulado de janeiro a setembro de 2024, a cesta básica ainda apresenta uma leve alta de 0,36%. Nesse período, alimentos como café, arroz e banana subiram de preço de forma mais acentuada. O café, por exemplo, teve um aumento de 30,14% ao longo do ano.

Por outro lado, o tomate, que teve a maior redução em setembro, também se destaca no acumulado do ano com uma queda de 15,65%. O feijão e o açúcar também mostraram recuos significativos, ajudando a compensar o aumento de outros produtos.

Comparativo anual

Quando comparamos os preços de setembro de 2024 com os do mesmo mês em 2023, a cesta básica em Belém apresentou uma alta de 2,25%. Isso mostra que, apesar das quedas recentes, os alimentos ainda estão mais caros do que no ano passado. Produtos como café, arroz e leite foram os que mais subiram nesse período.

No entanto, o tomate e o feijão continuam sendo os grandes destaques de queda, com recuos de 14,66% e 5,68%, respectivamente, no comparativo de 12 meses.

 

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