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Popularização dos procedimentos estéticos aquece economia paraense

Serviços estão acessíveis a um público maior, que até pouco tempo não pensava em aderir a procedimentos com nomes complicados, como hidrolipoclasia, intradermoterapia, atria, detox corporal, manta elétrica, corrente russa, drenagem linfática ou tantos outros

Igor Wilson
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A chegada das férias de julho e a temporada de praia já não é o único motivo para muitas pessoas buscarem procedimentos estéticos para se sentirem mais confiantes e bonitas. A busca por métodos que prometem combater celulites, flacidez, reduzir as rugas e marcas de expressão, entre outras coisas, cresceu consideravelmente e já não é uma exclusividade de determinada classe socioeconômica. A popularização das cirurgias plásticas e dos procedimentos estéticos, em especial, os não invasivos, que em 2021 representaram 50% de todos os procedimentos realizados no Brasil, leva os serviços a um público maior, que até pouco tempo não pensava em aderir a procedimentos com nomes complicados, como hidrolipoclasia, intradermoterapia, atria, detox corporal, manta elétrica, corrente russa, drenagem linfática ou tantos outros procedimentos não invasivos que são cada vez mais procurados, inclusive no Pará, onde 1457 empresas no setor de estética foram abertas, somente de janeiro a maio deste ano, de acordo com a Junta Comercial do Pará (Jucepa).

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O desenvolvimento de novas tecnologias e do número de profissionais especializados nos novos procedimentos aumenta a oferta e a faz chegar em novos públicos. Tudo isso ajuda a manter o Brasil como um dos principais mercados da medicina estética mundial. E os números comprovam que o brasileiro é vaidoso. O mercado de beleza do Brasil é um dos maiores do mundo, sendo responsável por 4% do PIB nacional. O país ocupa a terceira posição no ranking mundial da estética, ficando atrás somente dos Estados Unidos e China. Segundo o último levantamento da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) o mercado brasileiro de beleza movimentou R$47,5 bilhões em 2020.

Tratamentos para redução de celulite, queima de gorduras localizadas, desobstrução e ativação das glândulas linfáticas, redução de flacidez, aplicação de botox ou ácido hialurônico. As opções se multiplicam diante de um público cada vez mais preocupado com a imagem. “Seu ego vai adorar essa novidade”, é a mensagem de uma clínica popular localizada na avenida José Malcher, em Belém. Inaugurada em 2020, o estabelecimento tem como público-alvo clientes de classes socioeconômicas consideradas B e C. São serviços que até pouco tempo só estavam disponíveis para a A, segundo a esteticista Lua Favacho, que atende no espaço.

“Antigamente só fazia quem tinha um poder aquisitivo maior, era algo muito exclusivo. A partir de 2020 temos acompanhado um crescimento que tem feito os serviços chegarem a pessoas que antes não tinham acesso. Em Belém são várias clínicas e outros estabelecimentos, com todos os tipos de valores e em vários bairros, não só os nobres. Aqui recebemos públicos de vários perfis, esse é o nosso objetivo. Facilitamos de várias formas, seja dando desconto ou parcelando. Ver a alegria nos rostos de pessoas que hoje se sentem felizes em se olhar no espelho é muito gratificante”, diz Lua Favacho.

No bairro do Umarizal, em Belém, os serviços de saúde e estética são oferecidos para um público de classe socioeconômica mais elevada. Em um prédio de alto padrão da capital, funciona uma das clínicas mais procuradas por este tipo de público em Belém. Há diferenças na sala de recepção, mais requintada, nos uniformes dos funcionários, na decoração e estrutura do local onde fisioterapeutas, médicos, enfermeiros e nutricionistas trabalham. Embora muitos dos procedimentos sejam semelhantes aos oferecidos pela clínica da avenida José Malcher, os valores triplicam em muitos casos. Há uma explicação.

“Existe uma procura muito grande por procedimentos corporais, a tecnologia trás coisas novas a todo momento, tudo isso faz com que o setor cresça em todos os lados e se expanda para muitos públicos. Todas as pessoas querem se sentir mais bonitas, se olhar no espelho e sentir segurança. Os mais procurados são procedimentos para tratamento de gordura localizada. O que diferencia nossa clínica é a tecnologia utilizada. Oferecemos hoje a tecnologia Atria, um ultrassom microfocado que é a novidade do mercado. Trata da gordura e da flacidez. Procuramos mostrar aos nossos clientes que estamos conectados com tudo que há de mais desenvolvido na tecnologia e isso tem seu valor”, diz Kamila Pacheco, fisioterapeuta dermatofuncional que trabalha na clínica.

image A acadêmica de nutrição Alba Braga realiza procedimento com a tecnologia Atria, em clínica no bairro do UImarizal. (Carmen Helena/O Liberal)

Nova tecnologia hoje será ultrapassada amanhã

Na clínica onde Lua favacho trabalha ainda não existe a Atria, tecnologia adquirida recentemente pela clínica localizada no bairro do Umarizal. Para o tratamento de redução de gordura e flacidez - os mais procurados nas duas clínicas - é o que há de mais avançado e por isso mesmo se tornou a "queridinha" de várias pessoas que passaram a procurar o estabelecimento. E isso se reflete nos preços. Enquanto que, na clínica que fica num prédio popular do bairro de Nazaré existem tecnologias de anos anteriores, mas que auxiliam nos mesmos tratamentos e com pagamento parcelado em até 12x, na clínica do Umarizal os valores das novidades do ano podem parecer distantes para boa parte da sociedade paraense.

“Não em todos os casos, mas muitas vezes o que diferencia os preços é a marca e o ano da máquina. Muitas tratam com eficiência semelhante os mesmos males, mas a novidade sempre faz com que os preços aumentem, claro. Essa talvez seja a grande diferença entre os locais. Se você vai numa clínica em uma região nobre, vai pagar pela localidade e também pela tecnologia muitas vezes mais avançada. Mas a tecnologia do ano nem sempre quer dizer que o tratamento é superior ao do realizado com a máquina do ano anterior. Até porque tecnologias vivem surgindo e no próximo ano, o que é novidade hoje se torna antigo. Isso não quer dizer que deixará de tratar o paciente”, diz Lua.

“Aqui preferimos nem falar de valores com quem não seja cliente. Conseguimos estabelecer um padrão de qualidade que faz com que nossos pacientes saibam que sempre iremos em busca das novidades da tecnologia, aprimorando nossos serviços. Sabemos que as pessoas que vem aqui geralmente nem perguntam pelo valor, mas sim pela eficiência e qualidade do tratamento. Além disso, nosso corpo de profissionais é extenso, o que dá segurança aos clientes”, diz a administradora da clínica localizada no bairro do Umarizal.

Nas periferias, no centro ou nos bairros considerados nobres, a oferta por procedimentos não invasivos se multiplica, atrai quem deseja melhorar seu aspecto físico, ficar bonito no Instagram sem precisar de filtros. Mas um ponto é unânime, seja nas clínicas populares ou das regiões consideradas nobres: não existe milagre. Os procedimentos só começam a apresentar resultados com uma mudança de hábitos de saúde por parte do paciente. Nisso, tanto Lua, quanto Kamila, concordam.

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