Período de chuvas intensas deve encarecer o pescado regional no Ver-o-Peso, em Belém

Na comparação com a semana passada, aumento pode chegar a 60% no preço de algumas espécies, como filés de filhote e pescada amarela

Gabriel da Mota
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Em Belém, o início de ano costuma trazer desafios para os comerciantes, por conta das chuvas intensas e a consequente diminuição do fluxo de pessoas nas ruas. No mercado Ver-o-Peso, o período chuvoso impacta diretamente a venda de peixes regionais, cujo fornecimento fica mais escasso, de acordo com comerciantes. Na manhã desta quarta-feira (03), já era possível perceber aumento de 50 a 60% no preço de espécies como dourada e filhote, em relação ao que era comercializado na semana passada. 

image Thiago Pimenta, 22 anos, vendedor de peixes no Ver-o-Peso há 5 anos (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

O vendedor Thiago Pimenta, 22 anos, explica que a alta de preços é registrada principalmente nas espécies do tipo sem escamas. “Nesse período de chuvas, todos os peixes de pele ficam mais caros, como dourada e filhote. Gó e tilápia são preços que permanecem”, revela o comerciante. Desde dezembro, a entressafra dos peixes que ele mais vende (filhote, dourada e pescada amarela) tem implicado em diminuição das vendas. O período de safra, quando há maior oferta dos peixes em questão, deve começar no final do primeiro semestre, entre maio e junho. 

“A gente também entende o lado do consumidor. 38 reais um quilo de dourada também é meio pesado. Comparado com o salário mínimo, complicado” - Thiago Pimenta, 22 anos, vendedor de peixes no Ver-o-Peso

Cleiton Rogério, 41 anos, trabalha há duas décadas no mercado de peixe do Veropa. Nesta manhã, ele estava vendendo dourada, pescada branca, pescada amarela e filhote, em seu boxe. O peixeiro fez uma comparação entre os preços praticados na semana passada e os de hoje, indicando aumento médio de 50% a 60% nas seguintes espécies: filé de filhote (de  R$ 25, aumentou para R$ 40); filé de dourada (de R$ 20, aumentou para R$ 30); e pescada amarela (de R$ 25, aumentou pra R$ 40). 

image Cleiton Rogério, 41 anos, vendedor de peixes no Ver-o-Peso há 25 anos (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

“Quando chega o tempo do inverno, os barcos não vão muito [para longe] por causa da maré agitada. Depois que chega fevereiro, volta ao normal. É só no mês de janeiro que fica assim, todo ano é isso”, observa Cleiton, com relação ao fornecimento dos peixes que aumentaram de preço. Para o comerciante, as vendas desta semana estão razoáveis, apesar do encarecimento em poucos dias. “Na época de chuva, o único peixe que fica mais em conta é a piramutaba”, conclui o vendedor. 

Dentre os peixes mais baratos que estavam disponíveis nesta terça-feira (03) no Ver-o-Peso, o quilo da pescada gó foi encontrado no valor entre 10 e 13 reais; e o quilo da piramutaba era comercializado a 10 reais, em média.

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