Pará teve queda de mais de 33% nas exportações no primeiro bimestre
Minério de ferro e o minério de cobre tiveram queda, ambos com -42%, e os demais produtos ficaram com variação negativa de 44%
O Pará exportou um total de US$ 2,72 bilhões entre janeiro e fevereiro deste ano, o que representa uma queda de 33,1% em comparação com o mesmo período de 2021. Com o resultado, o Estado teve uma participação de 6,86% em relação a tudo que foi exportado pelo país e ocupou o sexto lugar no ranking de Estados que mais exportaram. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
O produto mais exportado foi o minério de ferro e seus concentrados (65%), somando US$ 1,78 bilhão. Atrás dele, aparecem a alumina (7,1%), com US$ 195 milhões; minérios de cobre e seus concentrados (6,5%), com US$ 176 milhões; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (3,9%), um total de US$ 106 milhões; ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (3,6%), com US$ 96,9 milhões; alumínio (3,5%), com 94,3 milhões; madeira, parcialmente trabalhada e dormentes de madeira (2,3%), somando US$ 61,6 milhões; e outros.
Na indústria extrativa, os produtos exportados tiveram variação negativa, como o minério de ferro e o minério de cobre, ambos com -42%, e os demais produtos com queda de 44%. Em relação à indústria de transformação, houve variação positiva em vários itens, com destaque para: folheados, contraplacados, aglomerados e outras madeiras (807%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (101%); carne bovina (96%); madeira (79,1%); filés ou outras carnes de peixes congelados, frescos ou refrigerados (76%); ferro (58,3%); alumínio (34,5%); e outros. Tiveram destaque na variação negativa o ouro (-77%), a celulose (-49%) e a alumina (-22%).
Por outro lado, o Pará importou US$ 372 milhões nos dois primeiros meses deste ano, uma alta de 83,8% em relação ao primeiro bimestre de 2021. A participação na balança comercial do Brasil foi de apenas 1% e o Estado ocupou a 17ª posição entre os mais importadores. Os itens que mais foram comprados pelo Pará até fevereiro foram: adubos ou fertilizantes químicos (25%), com US$ 94,7 milhões; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (18%), com US$ 67,1 milhões; elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios (17%), com US$ 62,6 milhões; carvão (8,1%), com US$ 30,3 milhões; e produtos residuais de petróleo e materiais relacionados (7,8%), com US$ 28,9 milhões.
Aparecem ainda: instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores (3,3%), com US$ 12,1 milhões; pneus de borracha, bandas de rodagem intercambiáveis, flaps e câmaras de ar para rodas (3,1%), com US$ 11,5 milhões; trigo e centeio não moídos (3%), com US$ 11 milhões; obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (2,7%), com US$ 10,2 milhões; medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (1,1%), com US$ 4,27 milhões; e máquinas e aparelhos elétricos (1,1%), com US$ 3,94 milhões; entre outros.
Alguns dos produtos que tiveram as maiores variações entre o primeiro bimestre de 2021 e o mesmo intervalo de 2022 foram medicamentos e produtos farmacêuticos (52.900%), enxofre (3.470%), instrumentos e aparelhos de medição, verificação, análise e controle (771%), obras de ferro ou aço (746%), produtos residuais de petróleo (371%), carvão (303%), elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios (255%), adubos ou fertilizantes químicos (108%) e outros. Os que apresentaram queda no intervalo de um ano foram artigos de borracha (-62%), matérias plásticas em formas primárias (-52%), sais e peroxossais de ácidos inorgânicos e metais (-28%) e mais.
Com o resultado das exportações e importações, o Mdic mostrou que o saldo do Pará ficou positivo, com um total de US$ 2,35 bilhões na diferença.
Confira os dados da balança comercial do Pará entre janeiro e fevereiro de 2022:
Exportações: US$ 2,72 bilhões
Variação: -33,1% (em relação a 2021)
Participação: 6,86%
Posição no ranking de Estados: 6º lugar
Importações: US$ 372 milhões
Variação: 83,8% (em relação a 2021)
Participação: 1%
Posição no ranking de Estados: 17º
Saldo: US$ 2,35 bilhões
Fonte: Mdic
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