Pará aposta em rastreio de rebanho de carne bovina para ampliar exportações
A intenção do Governo é subsidiar o chip de identificação individual junto com produtores que criam até 100 cabeças de gado. No Pará, essa categoria corresponde a 67% da produção
O Pará pretende expandir sua presença no mercado internacional da carne bovina por meio da rastreabilidade individual do rebanho. Nesta terça-feira (18), o governador Helder Barbalho se reuniu com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para solicitar a liberação de novas empresas paraenses para exportação, destacando avanços ambientais e produtivos como argumentos para a aprovação.
O Estado, que possui um rebanho estimado em 26 milhões de cabeças de gado, tem apostado na rastreabilidade individual como estratégia para garantir maior controle sobre a cadeia produtiva. Uma das iniciativas é o subsídio para a implantação de chips de identificação individual em bovinos criados por produtores com até 100 cabeças de gado, segmento que representa 67% da categoria no Pará.
Durante o encontro, realizado no Palácio dos Despachos, em Belém, Helder defendeu que a rastreabilidade é um instrumento essencial para reduzir a ilegalidade ambiental e valorizar boas práticas no setor. “Importante oportunidade de demonstrar que quem pratica boas práticas é valorizado. Importante reconhecer quem faz bem feito. Nossa estratégia no Pará é o amadurecimento do processo de excelência, conjugado com o esforço ambiental para reduzir a pressão sobre a floresta. O processo de rastreabilidade para o Pará é a mais importante ferramenta para reduzir a ilegalidade ambiental”, afirmou o governador.
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O ministro Carlos Fávaro reconheceu a importância do modelo adotado no Pará e afirmou que a rastreabilidade pode servir de referência para o restante do país. “A nossa visita aqui é para reconhecimento que o Pará é a síntese deste novo momento da agropecuária brasileira. Dentro dos 27 Estados, eu não tenho dúvidas, que pela sua gestão de enfrentamento e de mostrar ao produtor paraense que é possível reverter esse jogo de críticas e cobranças e transformar o cenário para oportunidades", disse.
Fávaro ainda citou a questão do tema ligado à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). “E a COP será esse sucesso porque não teria lugar melhor no mundo para demonstrar que se pode produzir muito, com segurança, sanidade, segurança, rastreabilidade e boas práticas ambientais”, completou.
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