Número de microempreendedores individuais cresceu 750% em dez anos no Pará

Varejo especializado em moda, de vestimentas e acessórios, lidera ranking de maior procura

Abílio Dantas
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Com dez anos de criação, a categoria de Microempreendedor Individual (MEI) apresentou, entre 2010 e 2019, crescimento de mais de 750% de empreendedores formalizados no Pará. No primeiro ano do período, estavam registrados 22.077 mil, enquanto que, neste ano, o número passou para 165.671 mil.

O varejo especializado em moda, de vestimentas e acessórios, lidera o ranking das áreas nas quais é observada maior procura dos MEI´s no Pará. Em seguida, aparece o setor de alimentos, que é sucedido por serviços de cabelereiros, manicures e pedicures. Em quarto lugar figura a venda de produtos de beleza e higiene pessoal. E, por fim, aparecem os bares e restaurantes.

O diretor-superintendente do Sebrae no Estado, Rubens Magno Júnior, afirma que 210 mil pessoas dependem da renda dos MEI´s para viver, o que indica que os cerca de 165 mil empreendedores também distribuem os valores arrecadados por meio do trabalho para familiares e dependentes.

“Além do crescimento extraordinário, o número aumenta a cada mês, em média, em 2 mil microempreendedores. Isso mostra o quanto o MEI é importante, o que também é graças ao Sebrae que o operacionaliza por meio de seus 12 escritórios regionais e suas 80 salas. Nossa preocupação não é apenas a formalização, mas que os empreendedores saibam gerir seus negócios com sustentabilidade e responsabilidade”, enfatiza o diretor-superintendente.

Para Rubens, é necessário ainda desmistificar a ideia de que a formalização “dá trabalho” ou representa um problema. “É justamente o contrário, pois cria uma série de benefício a curto, médio e longo prazo. A longo prazo, podemos citar a possibilidade de se aposentar. A curto prazo, por meio da emissão de nota fiscal, a opção de trabalhar com vendas ao Estado; e a médio prazo, caso ocorra algum acidente e a pessoa não possa trabalhar, como contribui para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), poderá pedir benefício para ter auxílio e cobertura até a recuperação”, destaca.

Em âmbito nacional, após dez anos de existência, o MEI é a única fonte de recursos de R$ 1,7 milhão de famílias, afirma a 6ª edição da pesquisa “Perfil do MEI”. De acordo com o estudo, ao longo da década, a renda média familiar desse segmento alcançou R$ 4,4 mil, o equivalente a pouco mais de quatro salários mínimos. A sondagem, segundo o Seabrae, alcançou 95% de nível de confiança e 1% de margem de erro, delineando as principais características desses empreendedores

O levantamento mostra que 61% dos MEI se formalizaram atraídos pelos benefícios do registro, como ter uma empresa formal, possibilidade de emitir nota, poder fazer compras mais baratas; 25% por conta dos benefícios previdenciários e 14% por outros motivos diversos.

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