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Ministro do Turismo defende total condição de Belém para receber público da COP 30 

‘Líderes globais vão falar sobre preservação dentro da maior floresta tropical do planeta’, diz Celso Sabino

Valéria Nascimento

A capacidade de acomodações para a COP 30, em Belém; as eleições gerais em 2026; o movimento pela anistia e até a permanência no governo foram temas da entrevista concedida pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, na noite desta segunda-feira (7), ao programa Roda Viva da TV Cultura. 

No primeiro bloco do programa, os jornalistas perguntaram ao ministro se Belém, de fato, tem condições de receber cerca de 50 mil visitantes durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). Integrantes da bancada comentaram que têm acompanhado a movimentação em sites de aluguéis na capital paraense e questionaram os valores cobrados por algumas acomodações, que chegam a orçar 11 diárias ao custo de R$ 2 milhões.

Uma das jornalistas quis saber da possibilidade de a COP 30 ser fatiada, isto é, ter parte da programação realizada em Belém e parte em outra capital brasileira, ao que Celso Sabino garantiu que o evento global da ONU vai acontecer por completo na capital paraense e será uma grande oportunidade de visibilidade mundial para não apenas para a capital, como para o estado do Pará e o Brasil.

"Essa COP de Belém, que já está sendo conhecida como a COP da Floresta, a COP da Amazônia, será uma oportunidade ímpar para a ONU e os líderes globais falarem sobre a preservação das florestas tropicais do mundo dentro ou na porta de entrada dessa que é maior floresta tropical do planeta", afirmou o ministro.

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Sabino destacou os investimentos do governo federal - da ordem de R$ 4 bilhões - em obras de infraestrutura viária, sanitária (com a limpeza de canais) e serviços que, segundo ele, vão deixar um legado inestimável para a população da Grande Belém e declarou que a COP 30 vai marcar a transição do planejamento para a execução no que se refere às ações na esfera global da agenda ambiental.

Ainda segundo o ministro, o governo estadual vem atuando na ampliação da rede hoteleira em Belém, e citou como exemplo o Círio de Nazaré, que em um só dia recebeu cerca de 2 milhões de pessoas. “No ano passado, Belém registrou cerca de 90 mil turistas no Círio, que vieram de fora, e eu não tenho dúvida que a população de Belém e do Pará vai receber as pessoas de forma carinhosa, calorosa”.

Eleições majoritárias 2026

Sobre o cenário para as eleições de 2026, considerando o União Brasil, partido ao qual é vinculado, Sabino enfatizou que seu grupo dentro da legenda apoia a reeleição de Lula e vai trabalhar para isso. Citou, inclusive, a perspectiva de fazer a vice-presidência na chapa do presidente petista.

"O presidente Lula vai vencer as eleições no primeiro turno de 2026”, afirmou Sabino. Ele acredita que lideranças políticas, sejam elas democratas ou progressistas - e citou, entre outros políticos, o senador Ciro Nogueira (Progressista/PI) - devem entender com o tempo que “o futuro do país e da economia brasileira dependem da reeleição do presidente Lula”.

Permanência no Ministério do Turismo

Sabino foi questionado se não teme a saída do ministério em uma futura reforma ministerial, ao que ele respondeu que se sente seguro na equipe do governo e não teme sair. Um jornalista questionou o fato de o União Brasil pouco votar com as pautas do governo federal. O ministro contestou a informação, esclarecendo que o União Brasil tem ao todo 59 parlamentares e que eles acompanham as votações mais importantes do governo federal.

Os jornalistas também quiseram saber qual seria o posicionamento do ministro acerca do projeto de anistia caso ainda fosse deputado federal. “Como deputado, eu votaria contra. Eu defendo a Justiça e nós temos no STF excelentes nomes e defensores da nossa democracia. Em relação às eventuais penalidades de 10 anos ou de 1 ano, os ministros vão chegar, num momento posterior, vão saber analisar a questão com o fato humanitário”, disse Celso Sabino.

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