'Meu Garoto': Dono da marca paraense de cachaça de jambu é destaque em revista nacional
O empresário conta que, ainda em 2023, quer lançar novas bebidas, como gim e licores de jambu, além de um molho de pimenta
Empreendedor piauiense da cidade de Piripiri, mas morador da capital paraense, Leodoro Porto, o dono do bar "Meu Baroto", é destaque em revista nacional, a Exame. Ele é responsável por produzir e vender uma das mais tradicionais cachaças de jambu, e sua marca, paraense, tem conquistado outros cantos do Brasil.
A reportagem conta que Leodoro chegou ao Estado do Pará em definitivo no ano de 1994, logo após ter morado por três anos em São Paulo, cidade onde trabalhou na construção civil, de servente de pedreiro a almoxarife. Com o dinheiro, comprou o bar "Meu Garoto", à época uma filial de um bar do seu irmão.
Durante uma edição do Círio de Nazaré, a maior festividade da religião católica em Belém, ele comia um prato com tucupi e tomava uma cachaça em casa quando a ideia vem à mente. Em seguida, correu até o Ver-o-Peso para comprar jambu. A planta é tradicional na bacia do Amazonas e se faz presente em receitas como o tacacá. Mas, desde 2011, virou ingrediente de cachaça graças a Leodoro Porto.
Como o piauiense é apreciador de cachaça e sempre gostou de "temperá-las", a infusão com jambu surgiu neste ambiente. Embora a primeira versão da mistura tenha ficado "terrível, esverdeada, amarga", Leodoro fez outras tentativas até dar certo, e o produto ganhou fama local. Para atender à demanda, o empreendedor regularizou o negócio e montou uma fábrica, em 2014, na cidade de Ananindeua.
A cachaça é comprada de produtor terceirizado, e o espaço industrial é utilizado para fazer todo o processo de mixologia, armazenagem e envase da bebida. Porto fez o plantio de jambu em outra parte da propriedade, hoje com um volume que atende a 40% de todo o jambu necessário para a produção da marca, em torno de 8 mil litros por mês.
Hoje, a cachaça "Meu Garoto" é distribuída em todos os Estados do país, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em estabelecimentos como empórios, cachaçarias e restaurantes. A marca também tem lojas próprias e quiosque em Belém, além de espaço nos Lençóis Maranhenses. Mas a ideia para o futuro é se fazer presente em regiões litorâneas e criar outros setores de bebidas, como gim e licores de jambu e um molho de pimenta, à base de cachaça com jambu, que devem ser lançados até meados deste ano, diz a matéria.
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