Mal da vaca louca: professor da Ufra afirma que consumo de carne é seguro no Pará
Em live do Grupo Liberal, docente de patologia veterinária, Washington Luís Assunção Pereira afirma que consumo de carne é seguro no Pará
Em live do Grupo Liberal, nesta quinta-feira (23), o docente de patologia veterinária, da Universidade Federal da Amazônia, Washington Luís Assunção Pereira, observou que o consumo de carne é seguro no Pará, atualmente.
"Consumir a carne é seguro sim”, disse o docente da Ufra, na entrevista conduzida pelo coordenador do Núcleo de Economia e Política do Grupo Liberal, Hamilton Braga. O professor frisou dois fatores que devem tranquilizar a população, no atual cenário. Primeiro, as medidas corretas tomadas pela Adepará e o Ministério da Agricultura e o fato de até então se tratar de um caso atípico da doença.
Ele explicou que a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, pode se manifestar de duas formas: clássica e atípica. A forma clássica é transmitida por meio de alimentos fabricados de animais com a doença, como farinha de carne e ossos.
A forma atípica, até então diagnosticada no Pará, ocorre naturalmente e de forma esporádica entre os bovinos, conforme atestou o primeiro diagnóstico feito pela da Adepará, sobre o caso em questão.
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Abate sanitário
O professor esclareceu que o animal, em questão, sofreu um abate sanitário, a partir daí, foram coletadas e enviadas para análise amostras representativas dele, que resultaram no primeiro diagnóstico feito pela Adepará que recorreu a laboratório em Pernambuco (PE), cujo resultado deu positivo para a forma atípica, ou seja, sem gravidade. As amostras também foram enviadas para exame em laboratório referenciado no Canadá, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e aguarda-se o resultado.
O professor afirmou que normalmente, o mal da vaca louca atípica acomete animais com idade mais avançada. O animal, em questão, era um macho de 9 anos. O professor reputou como correta a orientação seguida pela cadeia pecuária no Pará, contudo, afirmou que não há uma uniformidade na inspeção sanitária na base da cadeia, ou seja, antes e durante o abate de bovinos, considerando todos os tamanhos de propriedades, do pequeno ao grande produtor.
"Você tem situações no Marajó, que muitas vezes não têm inspeção sanitária. Mas, você tem determinado local em que o abate é municipal, de responsabilidade da prefeitura que tem inspeção municipal. Tem as inspeções estaduais e tem grandes frigoríficos, alguns localizados no sul e sudeste do Pará, em que alguns têm caráter federal”, frisou o professor da Ufra.
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