Inflação da construção civil no Pará em 2021 foi de 19,51%
No Brasil, média da construção por metro quadrado ficou em R$ 1.514,52, sendo R$ 910,06 relativos aos materiais e R$ 604,46 à mão de obra. É a maior taxa desde 2013
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) registrou uma alta de 19,51% no custo da construção civil em todo o Estado do Pará no ano de 2021. A inflação do setor está acima da média nacional, que foi de 18,65% no último ano.
No mês de dezembro, o Pará registrou uma alta no custo médio da construção civil equivalente a 0,54%, também ligeiramente maior que o aumento em todo o Brasil, que ficou em 0,52%.
Segundo Alex Carvalho, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará, o percentual pequeno de alta é um bom motivo para o mercado local ficar esperançoso em relação a 2022.
"É um rescaldo de alguns insumos que ainda sofreram reajuste. Em linhas gerais, esse índice já demonstrou uma desaceleração do que vinha acontecendo ao longo do ano. É difícil fazer uma correlação com outros anos por conta da instabilidade do setor decorrente da pandemia. O que podemos depreender disso é o início de um processo de estagnação de preços, reestabilização dos nosso mercado", afirma ele, ao lembrar que o setor sofreu em 2021 com sucessivos aumentos nos componentes das obras, o que resultou em uma geração de empregos abaixo do esperado para o ano.
Na regionalização dos índices, o Norte do país registrou as maiores altas para o mês de dezembro, com média de 0,81%. Em segundo lugar veio a região Nordeste (0,66%). A lista segue com o Sudeste (0,32%), Sul (0,53%) e Centro-Oeste (0,61%).
Em todo o Brasil, quando comparados os anos de 2021 e 2020, o índice subiu 8,49 pontos. Trata-se da maior taxa anual desde 2013.
Em dezembro, o Sinapi foi de 0,52%, a menor taxa mensal de 2021. Também em dezembro, o custo nacional da construção por metro quadrado ficou em R$ 1.514,52, sendo R$ 910,06 relativos aos materiais e R$ 604,46 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.506,76.
A variação da mão de obra permaneceu praticamente estável em relação ao mês anterior, de 0,15% em dezembro, contra 0,18% em novembro. A parcela dos materiais foi de 0,76%, registrando uma queda de 0,90 pontos em relação a novembro.
“Produtos dos segmentos de aço e cimentos e argamassas, que no primeiro semestre tiveram altas consideráveis, desaceleram em dezembro e, em alguns estados, tiveram pequenas quedas”, avalia o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
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