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Inflação: com reajuste anual da educação, IPCA sobe 0,83% em fevereiro

Esse resultado mensal ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de 0,78%

O Liberal
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Os preços no país subiram 0,83% em fevereiro, como mediu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal motor para o resultado do mês foram os ajustes anuais do grupo de educação (4,98%).

O percentual representa uma aceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado janeiro com alta de 0,42%. E, em fevereiro de 2023, teve alta de 0,84%, então, na comparação com o mesmo período do ano passado, também houve alta. O país, então, tem uma inflação acumulada de 4,50% em 12 meses. Esse resultado mensal ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de 0,78%. No acumulado, era esperada uma alta de 4,42%.

Setores que ficaram mais caros

Dos nove grupos do IPCA, sete tiveram alta no mês de fevereiro. Além de educação, o grupo de alimentação e bebidas teve peso relevante na alta do mês. Veja os resultados:

Alimentação e bebidas: 0,95%
Habitação: 0,27%
Artigos de residência: -0,07%
Vestuário: -0,44%
Transportes: 0,72%
Saúde e cuidados pessoais: 0,65%
Despesas pessoais: 0,05%
Educação: 4,98%
Comunicação: 1,56%

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Educação e alimentação em destaque

Os ajustes anuais na educação particular e cursos pagos, geralmente, ocorrem no mês de fevereiro. O IBGE aponta que a maior contribuição, em peso no índice, veio do subgrupo cursos regulares (6,13%), que compila altas do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Subiram também o curso técnico (6,14%), o ensino superior (3,81%) e a pós-graduação (2,76%).

Outro grupo que volta a pesar na inflação oficial do país é o grupo de alimentação e bebidas (0,95%). A alimentação no domicílio teve nova alta forte (1,12%), por influência das temperaturas mais elevadas neste início de ano e um maior volume de chuvas que prejudica a safra de produtos.

No contexto mais complexo de colheita, subiram os preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%). O leite longa vida também é destaque (3,49%). Houve, porém, uma desaceleração no subgrupo alimentação no domicílio em relação ao mês anterior, quando havia subido 1,81%.

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