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Guiana já descobriu na Margem Equatorial o equivalente a 75% do petróleo do Brasil

O país corre na frente e já extrai 375 mil barris por dia.

O Liberal
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A reserva de petróleo da Guiana descoberta na Margem Equatorial atingiu 11 bilhões de barris, o correspondente a 75% da reserva total do Brasil (14,8 bilhões com o Pré-sal e todas as bacias). O país extrai atualmente 375 mil barris por dia, enquanto o Suriname identificou mais de 4 bilhões de barris, mas ainda não explora comercialmente o produto.

Há oito anos, a Guiana descobriu o ouro negro na faixa localizada em alto-mar, que se estende daquele país até o Rio Grande do Norte. O país segue na liderança na exploração do produto e já leiloou a concessão de 42 blocos de exploração na área, mas segue com o licenciamento ambiental emperrado para realizar as pesquisas.

O Poder360 detalhou que no Suriname, a descoberta foi em 2020, em 3 anos, foi provado o potencial de extração de 4 bilhões de barris, o equivalente a 27% da reserva brasileira. Nesses dois países, a aprovação da exploração pelos órgãos reguladores também foi lenta, como no Brasil, assim como a contratação e construção de plataformas e o licenciamento ambiental. No Suriname, a 1ª plataforma só deve iniciar as operações de 2025. A Guiana só iniciou a extração de óleo em 2019, fez duas plataformas e produz hoje 375 mil barris de óleo por dia. Outras duas unidades devem entrar em operação até 2025, com meta de elevar a produção para 1,2 milhão de barris por dia até 2027. Para efeitos comparativos, em junho, o Brasil produziu 3,2 milhões de barris por dia. 

Potencial da Margem Equatorial brasileira

No Brasil, a Margem Equatorial conta com cinco bacias sedimentares, que são a da Foz do Amazonas, que fica nos estados do Amapá e do Pará; Pará-Maranhão, no Pará e no Maranhão; Barreirinhas, no Maranhão; Ceará, no Piauí e Ceará; e Potiguar, no Rio Grande do Norte. Dos 42 blocos na região que já foram concedidos pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), 11 deles devem receber R$ 11 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. Esse valor vai crescer com a liberação dos licenciamentos ambientais. O último poço perfurado para exploração na região foi em 2015, pela Petrobras. 

A região concentra o maior volume de blocos exploratórios do país. Um dos principais projetos que aguarda aprovação é o do bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas em uma área distante 500 quilômetros da foz do rio. Em maio, foi negada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis a licença ambiental para que a Petrobrás perfure poços na região na realização da pesquisa que pode confirmar as reservas existentes, em uma fase anterior à extração. O Ibama questionou sobre um teste pré-operacional para analisar a capacidade da Petrobrás para lidar com um possível vazamento. A petroleira aguarda a avaliação de novos documentos enviados.

A Petrobras planeja investir US$ 6 bilhões para explorar o óleo no Brasil até 2026, sendo 49% somente nas bacias da Margem Equatorial. Outras 13 companhias atuam na Margem Equatorial brasileira, como operadoras ou com participação minoritária nas concessões, como a Shell, que opera dez blocos, e as brasileiras Enauta e Prio (PetroRio).

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