Governo propõe nova política de preços para a Petrobras
Ideia do ministro é combater perdas e ‘solavancos inflacionários’
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (5) que a União, principal acionista e controladora da Petrobras, irá propor uma nova política de preços para a companhia com o objetivo de ajudar "a combater perdas e solavancos inflacionários". Segundo o ministro, uma nova política de preços começará a ser discutida após a posse dos integrantes dos conselhos que dirigem a empresa, prevista para o final deste mês.
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O ministro também defendeu investimentos no parque de refino de petróleo no país para ampliar a autossuficiência em derivados, especialmente gasolina e óleo diesel. De acordo com Silveira, atualmente, o Brasil importa 13% da gasolina e 25% do diesel consumidos no mercado interno.
Ministro que papel maior para a Petrobras
Além disso, o ministro defendeu um papel maior da Petrobras para evitar a alta volatilidade dos preços internacionais de combustíveis, citando a recente decisão dos maiores produtores mundiais de petróleo reunidos na Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Segundo Silveira, o governo federal respeitará a governança da empresa e sua natureza jurídica, mas será vigoroso na defesa dos interesses do povo brasileiro.
"O que eu disse é que, na assembleia geral, que será feita dia 27, com o novo conselho definido, tanto o Conselho de Administração quanto o Conselho Fiscal, o governo federal, como acionista majoritário, e como controlador da Petrobras, vai, sim, discutir qual será a melhor política de preços, para a Petrobras cumprir sua função social, que está na Constituição, está na Lei das Estatais", afirmou o ministro.
Petrobras responde que pratica preços competitivos
Em resposta, a Petrobras reafirmou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, evitando repasses imediatos de volatilidades externas e oscilações da taxa de câmbio.
O ministro ressaltou que os custos de produção da Petrobras, balizados em real, não podem ser calculados em dólar, como a política de preços atual da empresa. "A Petrobras produz em real e não pode ter seu custo calculado em dólar. Isso não faz sentido no nosso governo", disse.
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