Faturamento de varejistas da região Norte cresce 28%
Expectativa do comércio é que consumo siga crescendo no último trimestre do ano
O varejo da região Norte alcançou uma alta de 28% no faturamento nominal em agosto de 2022 quando comparado com o mesmo mês de 2021, segundo relatório organizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
Já o índice de emissão de boletos, considerando um termômetro do consumo, cresceu 22% nos sete estados da região na mesma comparação.
A maioria das regiões contam com alta no tíquete médio nominal, com o Norte sendo o principal destaque, marcando 5% de aumento.
Em economia, denomina-se tíquete médio a razão entre faturamento e número de clientes. A região também foi a que contou com maior aumento de visitantes em farmácias e mercados (94,7%).
A região Norte, porém, foi a única que teve queda no fluxo de clientes em espaços de compras (16%).
Em todo o Brasil, o relatório avalia que a expectativa dos varejistas é alta para o último trimestre do ano, que acumula datas importantes para o comércio, como o Dia das Crianças, Black Friday, Copa do Mundo e Natal.
"As vendas no geral vêm surpreendendo. Tanto em lojas situadas na rua quanto em shopping centers os números são positivos e com tendência de alta. Ainda que haja uma lacuna na comparação com o período pré-pandêmico, é notável a reação do varejo e as expectativas seguem otimistas para as próximas datas importantes do calendário varejista", afirma Henrique Carbonell, diretor-executivo da F360º, uma das organizadoras do estudo.
A pesquisa também concluiu que os segmentos de departamento e eletroeletrônicos apresentaram as maiores quedas no fluxo de visitação, com contração de 44% e 19%, respectivamente.
Já o setor de maior crescimento é o de beleza (60%), seguido por moda (14%) e calçados (10%).
São categorias consideras não essenciais ao longo da pandemia e que sofreram com baixa procura desde que a covid-19 apareceu, o que explica a alta registrada agora que a pandemia está controlada no Brasil.
No que se refere a perspectiva setorial, os destaques negativos vieram dos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-17,2%), móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%).
No Brasil
Em agosto de 2022, o fluxo de visitação, tanto em lojas de rua quanto de shopping, continua abaixo do observado no período pré-pandemia, com quedas de 31% e 24%, respectivamente.
O resultado é melhor que o visto no mês passado, na comparação com mesmo mês do ano anterior. Já na comparação mensal (entre julho e agosto de 2022) o índice cai 5% nas lojas de shopping e cresce 7% nas lojas situadas na rua.
Já a quantidade de boletos emitidos apresentou alta em ambas as categorias quando comparados ao mesmo período de 2021, com crescimento de 28% para lojas de rua e 19% para lojas de shoppings.
Já o faturamento contou com alta de 35% e 8%, respectivamente, na mesma base de comparação. O tíquete média subiu 5% nas lojas de rua e caiu 9% nas lojas de shopping.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA