Guia traz orientações para estratégias de vendas
Investir na presença digital favorece os negócios e a consolidação das empresas
O segundo semestre é marcado por uma série de datas importantes para o varejo, entre elas a Black Friday e o Natal. Nesse ano, com a realização da Copa do Mundo no mês de novembro, o calendário ficou ainda agitado, ainda mais com a retomada das procissões presenciais do Círio de Nazaré, em outubro. De olho no otimismo por parte dos empresários e dos próprios consumidores, que tendem a recorrer às compras nesses períodos de grande apelo, o Google lançou nesta semana o Guia do Commerce.
A publicação reúne em seis capítulos informações sobre as principais ferramentas, produtos e tendências de comportamento do consumidor, visando orientar estratégias de empreendedores e equipes de marketing na busca por novos clientes. Nesta entrevista, a head de negócios para médias empresas do Google Brasil, Fernanda Bromfman fala mais sobre como explorar as sazonalidades a favor das marcas, seja no ambiente físico ou virtual.
Qual o propósito do Guia do Commerce?
Esse guia pode ser acessado pelo Think With Google e é um material extremamente democrático, que funciona desde uma pequena empresa até uma grande organização. No total, são seis capítulos, em que se fala desse momento de sazonalidade, do que aconteceu com esse consumidor no pós-pandemia e dos objetivos de negócios que a empresa pode ter. Você encontra, por exemplo, um capítulo sobre a atração de pessoas para lojas físicas. As pessoas estão voltando a visitar lojas, então muitas dessas empresas vão precisar gerar conhecimento sobre o seu endereço e sobre a sua loja física. Tem um dado interessante é que, nesse ano, 55% dos consumidores estão visitando mais lojas em busca de menores preços. isso é uma ótima oportunidade para quem ainda tem uma marca estabelecida e quer ser conhecido pelo consumidor. O guia apresenta esses insights e dicas táticas de como colocar em pratica. É um bê-á-bá de como se colocar online nesse segundo semestre.
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Já estamos vivendo o segundo semestre, que traz a Semana do Brasil, em setembro, a Black Friday, em novembro, e as festas de final do ano, por exemplo. Ainda é possível se preparar para essas datas faltando poucos meses?
Totalmente. Eu vejo essas datas como um teste e uma oportunidades de gerar aprendizados para ir corrigindo para a próxima. É um momento para testar dinâmicas comerciais, como o frete, a oferta de cupons e como gerar recompra. É muito importante também para gerar audiência porque dependendo do caso não se vai conseguir gerar venda agora, mas você pode conquistar essa pessoa online e fazer a cabeça dela para comprar na próxima ocasião. Isso é importante para aumentar sua base, o cliente pode querer compartilhar o e-mail dele e depois para ativar o marketing, pode significar uma economia em investimento de mídia. Se o varejista estiver preparado com estratégias corretas, ele pode converter essas vendas logo. Mas estamos falando de um brasileiro que está com bolso mais curto. Quanto antes for fisgado, melhor. Quando eu falo de dinâmica comercial, vai ser muito importante o varejo se planejar. A gente tem dados, por exemplo, que o interesse por televisão já começou antes mesmo da Copa, assim como itens relacionados a esporte. E essas buscas tendem a se aquecer nesse clima. É importante pensar nessa dinâmica das categorias, que pode ser distinta e ver uma estratégia que tenha a ver com essa tática.
E quais estratégias podem ser adotadas? Em que momento estamos?
A gente está no momento em que o varejo pensa o planejamento tático, no nível do detalhe. A programação de compras está sendo feita e existe muita dúvida do que vai representar a coincidência de dois momentos como a Copa e Black Friday. Ambos são muito importantes para o varejo, mas eu creio que o sucesso vai estar em combinar a categoria promoção à dinâmica comercial e aos serviços ligados à conveniência. Em seguida vem a fase de mídia. Nesse aspecto é bom dizer que, claro que ter a marca exposta é importante; e vão ser vários os momentos, principalmente no celular, em momentos de deslocamento, em que se pode estar assistido um jogo. É bom pensar quando é interessante a marca se conectar, em quais telas e em qual momento ela vai estar.
Que ganhos pensar o posicionamento de uma marca no ambiente digital traz tanto para o ecommerce quanto para os empreendimentos físicos?
Precisamos sempre partir do princípio que o consumidor e um só e que a jornada é feita de muitos momentos que vão variar do online para o offline. Tendo isso em vista, qualquer interação precisa ser pensada em como se posicionar nesses diferentes momentos. Quando você mapeia esses momentos, você pode ser uma pequena loja de bairro, mas se você tem a possibilidade de alcançar toda aquela população do bairro que precisa saber que a 200 metros tem uma loja de confecções, por exemplo. É uma situação de ganhos tanto para o consumidor quanto pro varejo. O online não anda sozinho, ele faz parte da nossa jornada de consumo. Esse meio de tomada de decisão não é mais linear, ele vai do físico pro online e vice-versa. E é possível se aproveitar desses vários momentos de contato que o consumidor tem com a sua marca.
Serviço:
O Guia do Commerce pode ser acessado gratuitamente pelo site.
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