Exportação de animais vivos cresce 158% no Pará em janeiro deste ano

Segmentou gerou um montante de 51,3 milhões de dólares ao Estado no último mês

Emilly Melo
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O Pará teve um aumento de 158% no volume de exportações de animais vivos em janeiro de 2025 no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a variação representa um incremento de U$ 51,3 milhões em receitas ao estado.

O segmento considera apenas animais vivos, não incluindo pescados ou crustáceos, e representa 76% das exportações da agropecuária paraense, atualmente. De acordo com o pecuarista e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen, os principais destinos desses produtos são o Oriente Médio e partes da Grécia e Turquia, com destaque para o envio de gado bovinos.

O principal fator para a exportação paraense ter obtido um desempenho tão expressivo, conforme avalia Minssen, são os custos de comercialização do Estado. “A exportação ter aumentado 158% é de acordo com os nossos custos de comercialização. O Pará continua fornecendo o boi mais barato e a carne mais barata, então o mercado vem buscar aqui, que tem não só a qualidade do zebuíno, mas principalmente o preço e a oportunidade”, analisa o zootecnista, que revela que apenas 30% do que é produzido na região é consumido no Estado.

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Segundo Minssen, apesar dos resultados no comércio exterior, as produções ainda não priorizam o consumo interno. “Nós estamos com pouquíssimo consumo e infelizmente tende a diminuir via poder aquisitivo da população que está muito baixo”, aponta.

Por outro lado, o cenário internacional deve permanecer favorável, com projeção de expansão. “Esse mercado continua crescendo e cada vez vamos vender mais para o exterior, principalmente porque a arroba brasileira, o preço da carne brasileira, é a carne mais disponível no mercado e com melhor qualidade. Esse mercado exterior tende a aumentar”, destaca.

Além dos animais vivos, outro produto agropecuário que também teve um bom desempenho no último mês no Estado foi a madeira em bruto, com crescimento de 149%, totalizando U$ 2,70 milhões. Entretanto, a balança comercial paraense na agropecuária registrou queda nas exportações de sementes oleaginosas, com recuo de 27%; especiarias, com redução de 43%; e milho não moído, exceto milho doce, com queda de 84%.

Apesar dos resultados, a exportação de animais vivos teve uma participação de apenas 2,1% na balança comercial paraense, ficando em terceiro lugar no ranking de produtos com maior volume exportado. O segmento que apresentou maior representatividade foi a indústria extrativista, com 62% do total enviado para outros países, seguido da indústria da transformação, que corresponde a 33,7%.

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