Como casais podem equilibrar as finanças? Especialista dá dicas de como organizar as contas

Economista dá dicas de como não extrapolar o orçamento e adquirir dívidas com base na organização e na parceria

Elisa Vaz
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Educação, comunicação e transparência: como casais podem ter uma vida financeira equilibrada

A estabilidade financeira de um casal pode ser muito afetada se um dos dois adquirir uma dívida. Afinal, em toda relação, a base é a confiança, e quando se trata de dinheiro não é diferente. Segundo o economista Nélio Bordalo, as dívidas podem causar o aumento do estresse e tensão financeira. Quando as contas são significativas, podem limitar a capacidade do casal de poupar, investir e realizar planos futuros, além de afetar a qualidade de vida do casal, resultando em cortes em gastos essenciais e, principalmente, no lazer.

“Os principais efeitos das dívidas em um relacionamento incluem tensão e conflitos, pois o estresse financeiro pode levar a discussões e desentendimentos frequentes; falta de confiança, se uma das partes não for transparente sobre suas dívidas; impacto emocional, gerando ansiedade e preocupação com as finanças; e limitação de objetivos conjuntos, uma vez que as  dívidas podem impedir o casal de alcançar metas financeiras importantes”, ressalta.

Sendo assim, a transparência financeira é crucial para a construção de confiança e uma comunicação aberta no relacionamento, de acordo com Nélio. Ele acredita que as duas partes devem ser honestas sobre as dívidas, o que permite que ambos entendam a situação financeira real e trabalhem juntos para encontrar soluções. Além disso, a transparência evita surpresas desagradáveis e ajuda a estabelecer metas financeiras comuns, criando um senso de parceria e responsabilidade compartilhada. Confira no infográfico as principais dicas.

Divisão de responsabilidades

A comunicação e o entendimento mútuo sobre as finanças também devem nortear a divisão das responsabilidades financeiras em uma relação, na opinião do economista. “Algumas possibilidades a serem consideradas pelo casal podem ser a proporcionalidade, ou seja, dividir as despesas proporcionalmente à renda de cada um; responsabilidades específicas, designando o que cada um vai pagar; conta conjunta para despesas comuns junto com conta pessoal para despesas individuais; e revisão periódica das responsabilidades financeiras para garantir que ambos estejam confortáveis com o arranjo”, detalha Bordalo.

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Sobre a conta conjunta, ele diz que essa decisão depende da preferência e da dinâmica do casal, sendo importante levar em consideração que ela facilita o gerenciamento de despesas comuns e pode promover um senso de unidade. Nélio afirma que é ideal para casais que preferem compartilhar todas as finanças. Já a conta separada mantém a independência financeira de cada parceiro e pode ser útil se houver dívidas significativas de um dos lados. E também há a opção da combinação de ambas, alternativa que oferece equilíbrio entre compartilhamento e independência.

Antes de ter um relacionamento em que a vida financeira se interligue com a do parceiro, é preciso buscar educação financeira. O economista avalia que isso é fundamental para casais jovens porque ajuda a fazer escolhas financeiras mais inteligentes e informadas, evita dívidas desnecessárias e possibilita a gerência do crédito de forma responsável, permite estabelecer e alcançar metas financeiras de longo prazo e facilita uma comunicação clara e aberta sobre questões financeiras.

Melhores estratégias para um casal gerenciar dívidas de forma conjunta

  • Comunicação aberta: discutir abertamente sobre dívidas, rendimentos e despesas
  • Orçamento conjunto: planejar e monitorar despesas mensais para garantir que ambos estejam cientes dos compromissos financeiros
  • Estabelecimento de prioridades: identificar e priorizar dívidas de acordo com os juros e impacto financeiro
  • Plano de pagamento: criar um plano de pagamento de dívidas que inclua prazos e metas realistas
  • Consultoria financeira: buscar ajuda de um profissional para elaborar estratégias eficazes de gestão de dívidas
  • Educação financeira: investir em conhecimento sobre finanças pessoais para tomar decisões mais adequadas

Planejamento financeiro para um casal adotar e evitar acumular dívidas

  • Orçamento: criar e seguir um orçamento realista que inclua todas as despesas e receitas mensais, projetando para o período de um ano
  • Poupança de emergência: estabelecer um fundo de emergência para lidar com despesas inesperadas
  • Gastos conscientes: evitar gastos impulsivos e desnecessários
  • Metas financeiras: definir metas de curto, médio e longo prazo e planejar como alcançá-las
  • Uso responsável do crédito: utilizar cartões de crédito e empréstimos de forma responsável, evitando endividamento excessivo
  • Revisão regular: revisar regularmente o planejamento financeiro para ajustá-lo conforme necessário
  • Ter consciência: evitar novas dívidas até estabilizar financeiramente o casal
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