Desemprego no Brasil cai para 9,3% em 2022, menor índice desde 2015, segundo IBGE

De acordo com o Instituto de Pesquisa, as perdas no mercado de trabalho devido a Pandemia da Covid-19 foram recuperadas

Carolina Mota
fonte

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados nesta terça-feira (28) que mostram a superação do mercado de trabalho brasileiro, que fechou o ano de 2022 com a taxa média de desemprego de 9,3%, o menor patamar com relação ao índice pré-pandemia. Em dezembro, no final do quarto trimestre, a taxa recuou para 7,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

"O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

VEJA MAIS

image Desemprego recua para 8,1% em novembro, menor taxa em sete anos
População desocupada estava em 8,7 milhões de pessoas, retração de 29,5% na comparação com novembro de 2021


image Desemprego cai para 8,3% em outubro, menor nível desde 2015, aponta IBGE
População ocupada no mercado de trabalho bateu recorde histórico, enquanto o número de desempregados recuou

Recuperação x precarização

Ainda que a diminuição do desemprego tenha garantido a recuperação do mercado de trabalho, houve a piora da qualidade do emprego. O Brasil atingiu 12,9 milhões de empregados sem carteira assinada, cerca de 1,7 milhão a mais que em 2021, o que representa um aumento de 14,9%.

“Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Porém, é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada”, explica a especialista.

O emprego em registro na carteira de trabalho, também cresceu cerca de 9,2% - em ritmo menos elevado em comparação com 2021 - totalizando cerca de 35,9 milhões de brasileiros empregados com as garantias trabalhistas asseguradas.

A coordenadora da pesquisa ressaltou que falta muito para alcançar o patamar de 2014, período em que o Brasil viveu o chamado pleno emprego, onde os empregados com carteira assinada somavam um número superior a 37,6 milhões de trabalhadores.

O número de empregados domésticos subiu 12,2% em 2022, chegando a 5,8 milhões de pessoas, enquanto o de empregadores atingiu o contingente de 4,2 milhões, também um crescimento de 12,2% em relação a 2021. Já os os que trabalham por conta própria totalizaram 25,5 milhões, alta de 2,6% na passagem de 2021 para 2022.

Confirmando a recuperação em 2022, outros índices também se destacaram. A média anual da população ocupada cresceu 7,4%, comparado a 2021, um aumento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor índice em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA