Desemprego no Brasil cai para 9,3% em 2022, menor índice desde 2015, segundo IBGE
De acordo com o Instituto de Pesquisa, as perdas no mercado de trabalho devido a Pandemia da Covid-19 foram recuperadas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados nesta terça-feira (28) que mostram a superação do mercado de trabalho brasileiro, que fechou o ano de 2022 com a taxa média de desemprego de 9,3%, o menor patamar com relação ao índice pré-pandemia. Em dezembro, no final do quarto trimestre, a taxa recuou para 7,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
"O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
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Recuperação x precarização
Ainda que a diminuição do desemprego tenha garantido a recuperação do mercado de trabalho, houve a piora da qualidade do emprego. O Brasil atingiu 12,9 milhões de empregados sem carteira assinada, cerca de 1,7 milhão a mais que em 2021, o que representa um aumento de 14,9%.
“Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Porém, é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada”, explica a especialista.
O emprego em registro na carteira de trabalho, também cresceu cerca de 9,2% - em ritmo menos elevado em comparação com 2021 - totalizando cerca de 35,9 milhões de brasileiros empregados com as garantias trabalhistas asseguradas.
A coordenadora da pesquisa ressaltou que falta muito para alcançar o patamar de 2014, período em que o Brasil viveu o chamado pleno emprego, onde os empregados com carteira assinada somavam um número superior a 37,6 milhões de trabalhadores.
O número de empregados domésticos subiu 12,2% em 2022, chegando a 5,8 milhões de pessoas, enquanto o de empregadores atingiu o contingente de 4,2 milhões, também um crescimento de 12,2% em relação a 2021. Já os os que trabalham por conta própria totalizaram 25,5 milhões, alta de 2,6% na passagem de 2021 para 2022.
Confirmando a recuperação em 2022, outros índices também se destacaram. A média anual da população ocupada cresceu 7,4%, comparado a 2021, um aumento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor índice em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal
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