Custo da construção civil no Pará tem alta de 2,92% entre setembro e outubro, afirma IBGE

O gasto médio com o metro quadrado teve alta de R$ 269

Abilio Dantas/ O Liberal
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Os custos com construção civil no Pará tiveram variação de 2,92% entre os meses de setembro e outubro deste ano, de acordo com o índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Em setembro, o estado teve alta de 2,92% do custo médio do metro quadrado, enquanto no mês passado a margem registrada foi de 4,61%; a maior entre os estados brasileiros.

Segundo o IBGE foi a maior alta do ano, ficando atrás somente do mês de abril, quando a variação foi de 2,04%. A variação de preço foi de R$ 1.224,52 em outubro de 2020 passando a R$1.493,84 em outubro deste ano, o que significa aumento de mais de R$ 269.

A região Norte também teve alta na variação, indo de 1,86% em outubro do ano passado para 2,57% no mesmo mês neste ano, sendo esta também a porcentagem mais alta no ano de 2021. O custo da construção na região, por metro quadrado, passou de R$ 1438,32 em setembro a R$1475,26 em outubro. Quando comparado ao mesmo período no ano passado, este custo teve um aumento de mais de R$ 230, variando de R$ 1.243,85 em outubro de 2020 para R$1475,26 em outubro deste ano.

O empresário Isan Anijar, proprietário de uma rede no Pará especializada em materiais utilizados na construção civil, desde a década de 70, afirma que o aumento do custo é reflexo das altas de preços de produtos dos segmentos de revestimento e de materiais de construção básicos, como ferro e cimento. “Materiais elétricos também tiveram grande aumento de custo em razão do aumento da demanda, o que foi sentido consideravelmente de um ano para cá no segmento de material de construção”, destaca.

De acordo com o diretor comercial do grupo, que é também vice-presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), as expectativas de venda e rendimentos para os comerciantes do setor para o mês de novembro são “muito boas”, “em virtude da retenção da compra de material de construção que houve no ano passado”. “O mercado da construção civil sofreu muito no ano passado com a pandemia, só tendo recuperação no terceiro trimestre. Este ano voltamos a ter problemas até abril. A partir de maio começou a ter uma reação positiva no mercado, tanto que os resultados dobraram nos últimos quatro meses. A retomada da economia nos traz boas expectativas para o final deste ano e também para o início do ano que vem”, informa. Ainda no mês de novembro, Isan Anijar destaca a procura do público que poderá ser atraído pelo Black Friday e o consequente aumento do número de reformas em casas e apartamentos.

Em âmbito nacional, o custo da construção por metro quadrado passou de R$ 1.475,96 em setembro para R$ 1.490,88 em outubro, sendo R$ 888,45 relativos aos materiais e R$ 602,43 à mão de obra. Além da região Norte (2,57%), que liderou o ranking dos aumentos, as demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,67% (Nordeste), 1,06% (Sudeste), 0,45% (Sul), e 1,22% (Centro-Oeste).

De acordo com o IBGE, o Sinapi em 2021 está em 16,79%. No mesmo período, a inflação oficial está em 8,24%. Segundo Augusto Oliveira, gerente da pesquisa, os aumentos são impulsionados pelo custo dos produtos e equipamentos utilizados no setor.

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