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Conselheiros do LIDE Pará participam de abertura da rota marítima direta para a China

Projeto reduz tempo e custos de transportes de cargas entre Brasil e China, especialmente para a região Norte brasileira

Emilly Melo

Os laços comerciais entre Brasil e China se estreitaram nesta segunda-feira (14) com a abertura de uma rota marítima direta entre os países. O projeto conecta o porto de Gaolan, em Zhuhai, China, diretamente aos portos de Salvador (BA) e Santana (AP), reduzindo para 30 dias o percurso, em comparação às rotas tradicionais. A cerimônia de lançamento da rota marítima ocorreu em Brasília e contou com a presença de Paulo Ivan Borges e Gustavo Ishak, para representar o LIDE Pará; e, pela SinoLac: Marcius Santos, CEO na Amazônia Legal, o diretor-executivo Tan Jianrong e Elena Xu, diretora do Departamento de Informações.

Com a redução do tempo de navegação, há também uma queda de 30% nos custos de operações, o que oferece uma solução mais rápida, econômica e estratégica para o transporte de cargas entre os continentes. A nova rota é resultado da colaboração entre os governos locais, empresas de logística e zonas de desenvolvimento econômico, e deve afetar navios de carga de 56 mil toneladas, que transportam graneis, minerais, produtos agrícolas, entre outros.

O conselheiro do LIDE Pará e advogado aduaneiro Paulo Ivan Borges destacou que a nova rota vai beneficiar a região centro-norte do Brasil, especialmente os empresários paraenses.

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“As empresas se ressentiam muito pelo tempo de travessia para poder entregar suas mercadorias (para a China). Agora, esse tempo vai se reduzir praticamente pela metade. Não só as empresas de Santana, do Amapá, como também do centro-norte do Brasil, de Goiânia e outras ali ao redor, vão se beneficiar, vão ter uma rota mais estruturada, mais rápida. E, como se sabe, no comércio internacional, tudo que é mais rápido é mais eficiente e é melhor. Então, ganha o norte do Pará, o norte do Brasil, os importadores e exportadores da nossa região”, declara o especialista em comércio exterior.

Parada no Pará é avaliada

De acordo com Borges, a parceria entre Pará e China é promissora e há perspectivas de que, a partir do segundo semestre deste ano, haja tratativas para consolidar uma parada no Estado, que pode ser no porto de Vila do Conde, em Barcarena, ou no porto de Outeiro.

Paulo Ivan Borges revelou que um dos principais entraves para a efetivação da rota no Pará é a falta de incentivo fiscal. “O Estado tem que garantir uma tributação mais favorecida para que essas empresas possam ser beneficiadas e aumentar o volume. Hoje, o Pará está perdendo muita importação e muita exportação também para portos como o próprio Amapá, que tem incentivo fiscal, e de outros estados.

O empresário, e também representante do LIDE Pará, Gustavo Ishak explicou que o projeto iniciou em 2014 e, já nesta segunda, começaram as operações. “Hoje foi dada a largada saindo o primeiro navio abastecido do porto de Gaolan, em rota direta para o porto de Santana (AP), que fará o abastecimento via um armador paraense com as cargas dos clientes do nosso Estado”, declarou Ishak.

Gustavo Ishak também ressaltou que a proximidade entre o LIDE Pará e o gigante asiático fortalece a expansão e crescimento das economias locais.

“O LIDE Pará sempre foi muito bem recebido e muito respeitado pelo CEO e toda a sua equipe, fomos em novembro de 2024 conhecer toda a estrutura pessoalmente em Zhuhai, no sul da China, e estamos novamente com missão agendada para a primeira semana de maio”, finalizou o empresário.

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