Comitiva do LIDE Pará firma acordos e fortalece relações comerciais na China
Grupo de empresários paraenses visitou o país asiático para conhecer o mercado chinês e fechar novos negócios
Empresários do LIDE Pará estiveram na China para estreitar os laços comerciais e trocar experiências com o mercado chinês no decorrer desta semana. Ao longo dos últimos dias, a comitiva paraense participou de reuniões, feiras e visitas pelo país para um intercâmbio de negócios nas suas respectivas áreas.
O grupo foi convidado pela Sino-LAC para conhecer o Centro de Logística da Zona Alfandegária Compreensiva da América Latina na China. A delegação paraense, constituída por 15 empresários, foi liderada por Thiago Maiorana, que representou a Indústria de Bebidas Paraense (INBEPA), e acompanhada por autoridades portuárias. “O principal objetivo é trazer novos tipos de insumos, a fim de diversificar os nosso produtos, além de buscar tecnologias avançadas, visando à modernização do mercado cervejeiro do Norte e, principalmente do Pará”, destacou Thiago Maiorana, que revelou que, como representante da INBEPA, também está trabalhando em um projeto novo para a COP 30, que acontecerá em Belém, no próximo ano.
Gustavo Ishak, CEO da Mendes Ishak Amaro Soluções Empresariais, afirmou que, além da parceria nos negócios, o grupo também busca representar o Estado e os seus clientes. “Nosso principal objetivo é de fazer negócio, acessar todo o mercado chinês que é repleto de oportunidades em todos os segmentos de negócios, vimos isso presencialmente, todos os processos automatizados e com robôs, com muita eficiência e qualidade”, completou o paraense.
A agenda da comitiva incluiu uma visita à plataforma da Sino-LAC, em Zhuhai, que tem o objetivo de facilitar a importação, exportação e o comércio transnacional, especialmente no segmento de produtos agrícolas, pecuários e pesqueiros, entre as regiões econômicas.
O grupo também participou de uma programação do LIDE Pará com o LIDE China e marcou presença em uma das principais feiras de supply chain (cadeia de mantimentos) do mundo, a CISCE, a convite do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CPPI). Os empresários também se reuniram com os conselheiros da organização empresarial chinesa e fecharam acordos.
Novas oportunidades de negócios
A passagem dos filiados pela China incluiu a firmação de ingresso na plataforma da Sino-LAC e a negociação de entrada de medicamentos chineses no mercado paraense; a visitação de duas fábricas de embalagens e uma de impressão, com diálogo para importação de insumos e máquinas do segmento; e o fechamento de um acordo de cooperação técnica para a criação de um escritório de consultoria dentro da plataforma, além de negociações junto à indústria chinesa para a entrada no mercado nacional de uma marca líder na China.
Para o empresário Gustavo Ishak, os acordos tornam as trocas comerciais mais seguras e reduzem a quantidade de intermediários. “As empresas mencionadas, afiliadas ao LIDE Pará, estarão dentro da plataforma da Sino-LAC, que é uma zona alfandegária livre e incentivada pelo governo”, destaca. Segundo ele, foram investidos U$ 2 bilhões e mais U$ 8 bilhões serão destinados para a construção de prédios comerciais e melhoria da infraestrutura no porto.
Daniel Cruz, advogado, diz que a visita ao país também beneficia o Estado. “Entendo que o intercâmbio entre Brasil e China, em especial com o Estado do Pará, é muito saudável e produtivo. Estamos com demandas de todas as áreas na China, com produtos de alta qualidade e baixo custo. A iniciativa da LIDE Pará não apenas é de elevado valor para os empresários, mas serve também de motor para o desenvolvimento do nosso Estado”, avalia Cruz.
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O advogado aduaneiro Paulo Ivan parabenizou a articulação da diretoria do LIDE Pará e da Sino-LAC para promover o diálogo entre os setores e reforçou a importância de atuação do direito aduaneiro no comércio exterior. “Integrar esta missão do Lide Pará, a convite da Sino-LAC e na condição de Conselheiro Jurídico, para mim é não só uma honra como também uma experiência enriquecedora, pois agora tive a oportunidade de conhecer o outro lado, ou seja, todo o processo de desembaraço chinês e sua estrutura e logística”, apontou.
Já Thaís Redig, proprietária da gráfica Aquarela, ressalta a adesão paraense ao mercado chinês e o potencial de negócios a serem gerados com a relação bilateral, especialmente entre Pará e China.
“O mercado chinês mostrou que está de portas abertas para os paraenses. Estão oferecendo oportunidades visionárias e corajosas, e, paralelo a isso, nos dando liberdade para realizarmos grandes negócios, investimentos e parcerias. Ter vindo nessa missão na China, parceria entre LIDE e a Sino-LAC, me ajudou a encontrar novos fornecedores, aumentar o networking e, principalmente, abrir uma porta entre Pará e China, porque, com certeza, essa missão foi a primeira de muitas. Afinal, como eles afirmam: aqui só vale se for win-win [expressão que simboliza uma ação em que todas as partes envolvidas saem beneficiadas]”, frisou a empresária.