Confira quais hortifrutis fizeram a inflação subir em Belém
Segundo o Dieese, ao longo de 2021 alguns produtos foram o triplo da inflação calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que foi de 10,16%
A cebola foi a principal vilã quando o assunto é a inflação dos preços das hortaliças, legumes e verduras no mês de dezembro de 2021 em Belém, com um aumento de 8,71% no preço médio do quilo em relação ao mês de novembro.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA) e apontam ainda altas expressivas no preço de verduras e legumes.
A pesquisa foi conduzida em feiras livres e supermercados da região metropolitana no mês passado.
Veja o que ficou mais caro
- abóbora (31,46%),
- batata doce rosa (30,67%),
- pimentão verde (26,48%),
- maço de cheiro verde (20,71%),
- o pepino (18,98%),
- batata doce branca (17,92%),
- chuchu (15,71%),
- maço de salsa (9,38%),
- cebola (8,71%),
- repolho (8,51%),
- batata lavada (8,08%),
- macaxeira (7,92%),
- maço de alfavaca (7,08%),
- beterraba (7,05%),
- batata doce (6,89%),
- maço de chicória (6,67%),
- macaxeira (3,62%),
- quiabo (6,56%),
- maço de sala (3,45%),
- pepino (2,86%),
- maço de couve (1,62%),
- chuchu (1,59%).
Altas acima da inflação
Segundo o Dieese, ao longo de 2021 alguns produtos foram o triplo da inflação calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que foi de 10,16%.
Vendedores reduziram volume de pedidos
A vendedora Marinalva Andrade, que trabalha em dois pontos de Belém vendendo hortifruti, afirma que reduziu o número de pedidos feitos aos fornecedores de alguns produtos que tiveram menos saída ao longo do ano, para evitar prejuízo.
"Hoje a abóbora e a batata doce tem menos procura do que tinha um ano, dois anos atrás. É notório. Acho que não é visto como item de primeira necessidade, e sim algo que se come às vezes, para fazer algo específico. Já os temperos do dia a dia sempre tem muita saída, independente do preço. O cheiro verde aumentou bem de preço e tem dia que até falta", afirma.
André Pereira tem um carrinho de lanches no bairro da Marambaia em Belém e conta que 2021 foi um ano de reajustes nos preços dos sanduíches por conta da inflação. Ele tentou evitar ao máximo os aumentos, mas em maio decidiu editar o cardápio. "
Tiramos algumas opções, subimos o preço de algumas coisas, em torno de R$2 e R$3. Hoje você compra a carne vermelha muito cara mas pouco falam dos outros produtos como cheiro verde e o pepino. O repolho, que é o carro-chefe da nossa salada, também teve alta. Para quem compra em quantidade, a diferença é grande no final do mês", lamenta ele.
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