Comerciantes esperam queda nas vendas de moda praia até o final de julho

Vendedores dizem que vendas são mais aquecidas no início das férias

Fabrício Queiroz
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Com a alta movimentação de veranistas rumo às praias e balneários, produtos como biquínis, maiôs e sungas passaram a ser o foco das vendas nas lojas e barracas de ambulantes do centro comercial de Belém. Segundo os comerciantes, a aposta surtiu efeito e resultou em bom faturamento no início do mês de julho, mas a expectativa é que a procura pelos itens de moda praia caia nos próximos dias.

Um exemplo disso pode ser notado nos estabelecimentos da rua João Alfredo e da travessa Padre Eutiquio, que receberam poucos clientes na manhã desta segunda-feira (17). De acordo com os comerciantes, esse fenômeno ocorre todos os anos em razão do fato de que a maior parte do público costuma viajar para as férias escolares logo no início do veraneio. Apesar disso, a avaliação das vendas nesse período é positiva entre trabalhadores e empreendedores.

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“Temos vendido bastante. Geralmente, depois do meio do mês cai o movimento, mas até agora o movimento continua bom e a gente está conseguindo vender nossos produtos. Conseguimos um resultado melhor do que no ano passado. Vendemos cerca de 20% a mais”, afirma Silvane Apolinário, que é gerente de uma rede de lojas de confecções.

Já a vendedora Nickoly Silva avalia que o movimento na loja onde trabalha tem sido menor neste ano comparado com o anterior. De toda forma, ela faz um balanço positivo até o momento, visto que poucos biquínis e maiôs ainda restam na exposição. “Não está aquela animação como era antes, mas mesmo assim a gente vendeu bastante tanto que a gente está quase sem nada, são poucas peças. Eu espero que venham mais clientes, principalmente aqueles que ainda não viajaram e ainda pretender curtir as férias”, diz.

Da mesma forma, a ambulante Aline Costa comenta que a procura por itens de moda praia já foi maior no comércio, principalmente no início do mês. “As pessoas buscaram muito os modelos hot pant, que são os biquínis de cintura alta. Já nem tenho mais esse tipo de peça. Também teve bastante saída a moda neon. O movimento enfraqueceu, mas ainda tenho algumas peças que dão até o final do mês porque sempre tem clientes que deixam para comprar na última hora”, comenta Aline.

image Aline Costa afirma que ritmo de vendas já caiu em relação ao início do mês (Carmem Helena / O Liberal)

Para manter um bom ritmo de vendas até o final do mês, cada comerciante aposta em um diferencial de modelo ou de preço. “Nesse ano, nós adotamos uma estratégia de trabalhar com preços bem abaixo para não sobrar tanto a moda praia como sobrava nos outros anos. As peças infantis estão a partir de R$ 11,99 e as de adulto são a partir de R$ 24,99. Com esse preço bem acessível, a gente vê que o pessoal está até optando por comprar mais”, analisa Silvane.

“A nossa aposta é na oferta de roupas estampadas e com cores neon, que remetem bastante ao verão. Além disso, o preço tem sido bastante atrativo. É difícil encontrar no comércio um biquíni ou um short com preço de R$ 35”, completa Nickoly Silva.

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