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Festival Internacional de Chocolate e Cacau é aberto com grande público em Belém

Evento tem entrada franca no Hangar até domingo (20)

Valéria Nascimento

A 8ª Edição do ‘Chocolat Amazônia 2023 - Festival Internacional de Chocolate e Cacau’ foi aberta, na noite desta quinta-feira (17), no Hangar, em Belém, com a presença de um grande público e uma diversificada produção de flores, jóias e, claro, de produtos de chocolate. Ao todo, 600 produtores rurais expõem no evento, além de marcas com visibilidade nacional.

São barras, tabletes, trufas, nibs, licores e geleias, entre outros itens, produzidos a partir do cacau em municípios paraenses, em especial, na região Transamazônica, campeã em produtividade no estado. 

O evento é uma exposição para a comercialização dos itens, mas também concentra uma ampla programação técnica, e oportuniza o comércio direto entre quem produz e quem consome. Entre os expositores há desde microempreendedores a marcas com visibilidade no mercado nacional. 

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A realização é do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), com a parceria do Sebrae Pará e da empresa MVU, que cuida do Chocolat Festival, no Brasil e no exterior. Responsável pela MVU, Marcos Lessa disse que o evento já está na 31ª edição no país. 

Comitivas de agricultores familiares e produtores rurais 

Coordenadora da programação, a engenheira agrônoma da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Dulcimar Melo, ressaltou o esforço coletivo para a vinda a Belém, das delegações de agricultores familiares e produtores rurais paraenses.

Temos 600 produtores rurais, que trouxemos não apenas para comercializarem mas para se capacitarem também. O evento é nosso, é de todos, eu o considero uma das coisas mais maravilhosas que temos em nosso estado”, disse Dulcimar Melo.

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O Sebrae Pará levou 20 empreendedores da região do Xingu, forte produtora de cacau no território paraense. "Nós temos excelentes práticas, tanto em modelo de cooperativa quanto em atendimento direto a empreendedores. E, desta forma, o Sebrae vem fazendo o seu papel de forma qualificada", enfatizou o diretor superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno.

Engenheira agrônoma, Hélia Félix representa a Cooperativa Coopatrans, da marca Cacauway (caminho do cacau). Ela informou que a cooperativa trouxe para a capital, 45 agricultores familiares de Medicilândia, na região da Transamazônica, todos produtores de cacau e de chocolate.

Mix de produtos 

Estamos há 13 anos no mercado. Desta vez, temos um mix de 100 produtos. Nós contamos com o incentivo do governo estadual através do Funcacau e, a cada ano, a gente quer inovar”, afirmou a engenheira Hélia.

De acordo com a Sedap, o Festival tem caravanas de quase todos os municípios paraenses, por isso, a gama de variedade de marcas e itens. 

"Estou levando para casa cactos e chocolates com composição de 50% e 70% de cacau”, disse a técnica de enfermagem, Lilian Pontes, carregando sacolas com os produtos recém comprados.

Lílian comentou que soube do evento pelo Instagram. “Nas horas vagas, eu cultivo plantas. No ano passado eu vim, e voltei, porque achei ele excelente para o microempreendedor e para nós, consumidores, porque valoriza as nossas coisas”.

Entre plantas ornamentais, chocolates finos e rústicos, há também produtos de outras linhas, como confeções e bijuterias com pedras, e itens que surpreendem o público, como geleias de cupuaçu com pimenta, de tucupi com pimenta.

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Essas geleias têm de ser pensadas como temperos. O processo que se usa, o nome é certo, é ‘glaceamento’ da carne, que é justamente no final do cozimento, você pincelar a carne com a geleia e sirva em seguida, ela fica glaceada, com brilho e um sabor agridoce, que faz uma grande diferença. Tudo aqui é regional, o tucupi, a pimenta é a cumari, a pimenta do cheiro", afirmou Ramiro Vidal, engenheiro de alimentos, envolvido com a criação dos produtos citados.

Moradora da comunidade de Moju Miri, em Moju, no nordeste estadual, Sueli Cardoso do Nascimento está com os irmãos e cunhados em um box. Agricultores familiares, eles vendem o chocolate cem por cento paraense.

"Trouxemos o caramelado, o chocolate 60, 70 e 100 por cento. A gente tem o cacau nativo, que é de várzea, mas também trabalha com plantio em terra firme, é uma produção que tem nos dado retorno. Esta é a primeira vez que viemos para este festival. Não trouxemos muitos produtos, mas estamos vendendo e achando fantástico", enfatizou Sueli Nascimento.

Na abertua oficial, houve uma apresentação de grupo parafolcórico, e no dispositivo de honra participaram representantes de diversos órgãos e secretarias estaduais, como a Sedap, Sedeme, Codec, Adepará, e, ainda de órgãos federais, como do Ministério da Agricultura (Mapa), Ceplac, Embrapa, e entidades de classe como a Faepa. Também havia representantes de governos municipais, como da prefeitura de Altamira, e do estado do Amapá.

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