Café preto ficou mais caro para os paraenses
Além do café, confira os itens que mais aumentaram de preço no primeiro semestre
O tradicional cafezinho do paraense ficou mais caro no primeiro semestre deste ano. Os dois principais itens que compõem a bebida quente foram os que registraram os maiores aumentos. O açúcar apresentou viés de alta de 23,31%, enquanto o pó de café teve elevação de preço de 16,8%, no período entre janeiro e junho de 2021, segundo dados apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A cesta básica, de modo geral, apresentou aumento de 3,52%, ficando acima da inflação estimada para o período, que foi de 3,5%.
A maioria absoluta dos doze produtos que compõem a cesta básica dos belenenses e são considerados para a base de cálculo do estudo - carne, feijão, açúcar, óleo de soja, arroz, leite, farinha, tomate, pão, café, manteiga e banana - apresentaram aumentos de preços, além dos itens já mencionados, a manteiga foi a terceira com maior alta, de 10,69%, seguida da carne bovina, com 9,18%, e o feijão aparece com de 9,01%. Os outros mantimentos apresentaram pequenos aumentos, como a farinha, com 2,81%, a banana, com 2,22%, o pão, com 1,91%, o arroz, com 1,22% e o leite, com 0,19%. O tomate, apesar das constantes variações ao longo do ano, apresentou arrefecimento, ficando 11,01% mais barato para os consumidores, entre janeiro e junho. O óleo de soja fecha a lista dos doze itens, com queda de 1,46%.
O cenário não muda quanto aos alimentos que estão na ponta da tabela, quando a comparação acontece entre junho e o mês imediatamente anterior. O café permaneceu sendo o produto de maior representação da cesta básica, registrando aumento de 5,92% e o tomate foi o único a apresentar redução nas duas comparações - semestral e mensal -, com ligeira queda de 0,34% de maio para junho.
Os outros dez apresentaram leves variações. O óleo de soja, que no semestre estava como o segundo com maior redução, no balanço mensal está colado ao café, com 5,14%. O leite, a carne, a manteiga e a farinha aparecem com 1,57%, 1,37%, 0,9% e 0,28%, respectivamente. Em contrapartida, o feijão, um dos primeiros colocados no ranking de maiores elevações semestrais, aparece como o alimento de maior redução mensal, com 2,12%. Logo em seguida, estão o açúcar - item de maior aumento do semestre - com arrefecimento de 0,68% e o arroz com 0,4%. O pão e a dúzia de banana permaneceram estáveis no período de um mês.
Levando em consideração os últimos 12 meses, a cesta básica dos paraenses ficou 14,25% mais cara para os consumidores, ultrapassando a inflação do período estimada em 8,5%.
Águeda Costa, de 56 anos, professora aposentada, realiza mensalmente as compras para a casa e percebeu a mudança drástica nos preços, principalmente dos provimentos que mais consome diariamente, como o café, por exemplo. “Alguns itens até tiveram um baixa de preço, porém os mais consumidos no dia a dia, como café, feijão e a carne, principalmente, continuam com com os valores em alta, variando algumas vezes em algumas promoções de supermercados, só aí para conseguirmos achar uns mais em conta”, relata.
Ela compartilha a estratégia usada para manter os itens no carrinho sem pesar no bolso. “Para o café, não abro mão de duas marcas, mas sempre procuro dentre elas a que tiver em promoção. Já a manteiga e o açúcar vou sempre pelo preço mais baixo, independentemente da marca”, conta. Além disso, Costa precisou mudar os hábitos dentro de casa para conter os gastos com a alimentação. “Diminui o consumo de queijo, porque aumentou demais. Passei a comer mais frango, que também aumentou bastante, porém está mais em conta do que a carne”, acrescenta.
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