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Brasil quer reajustar relação com a China em meio à guerra comercial

Secretário de Comércio Exterior afirma que o Brasil está de olho nos desdobramentos para incrementar relação com asiático

Reuters
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O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, avaliou que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China têm características de um ajuste estrutural, espécie de guerra fria econômica, e destacou que o Brasil está de olho nos desdobramentos desse imbróglio para incrementar sua relação com o gigante asiático.

"É um processo de ajuste longo, é um processo de ajuste duro, e esse processo traz algumas oportunidades para países exportadores de proteína animal, de commodities agrícolas, eu diria que mesmo de commodities minerais. O Brasil é um deles", afirmou Troyjo, em entrevista por telefone à Reuters na sexta-feira.

"Vem por aí uma série de iniciativas que também pode contribuir para um reajuste estrutural das relações entre o Brasil e a China. Da mesma maneira que a China está se ajustando com os Estados Unidos, nós vamos nos ajustar também", disse o secretário, citando chances para todo o complexo alimentar brasileiro.

O secretário ressaltou que, se no decorrer das negociações entre as duas maiores economias do mundo, a China resolver retaliar em definitivo os produtores norte-americanos de soja, há a criação de um efeito de substituição "quase automático" que beneficia o escoamento dos grãos brasileiros.

Ele reconheceu que há outro jogo correndo em paralelo, ligado à peste suína e ao abate dos animais na China. Com menos porcos comendo farelo de soja, há pressão pela diminuição do preço internacional da commodity. De qualquer forma, Troyjo ponderou que o conflito que perdura entre EUA e China coloca o Brasil na posição de potencial ganhador no curto prazo.

"Contra a suposta queda do preço da soja você tem uma oferta mais restrita se realmente os chineses restringirem compra dos americanos. E isso pode aumentar, aliás vai aumentar oportunidades para você vender mais proteína animal direto para China, o que é importante porque tem mais valor agregado", disse.

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Economia
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