BNDES Periferias anuncia editais de R$ 135 milhões para apoio social e ambiental a comunidades
Pará está na lista de estados contemplados

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, empresa pública federal, vai apresentar, nesta terça-feira (22), o BNDES Periferias Fortes, um edital para a seleção de parceiros executores para fortalecer organizações sociais que atuam em periferias do Norte e Nordeste. Cada edital regional vai dispor de R$ 17,5 milhões.
O Banco também apresenta o BNDES Periferias Verdes, com orçamento de R$ 50 milhões, para projetos ambientais, articulado pela economia circular, agricultura urbana e resiliência climática.
A apresentação dos dois editais será no escritório regional do BNDES, na capital paulista (SP), com a presença da diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, e do secretário Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o combate à pobreza e a desigualdade “é uma das principais metas do governo do presidente Lula e o BNDES, como banco de desenvolvimento, desempenha importante papel na criação de oportunidades de capacitação, fomento ao empreendedorismo e geração de emprego e renda para as populações das favelas e comunidades periféricas do Brasil”, afirmou.
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Pará
O Pará é um dos estados contemplados com o edital Periferias Fortes. De acordo com o BNDES, esse edital quer selecionar parceiros executores para realizar ações de fortalecimento institucional nos estados nortistas como o Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins. Outra linha do mesmo edital será voltada para os estados nordestinos de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Conforme o BNDES, o Periferias Fortes que contribuir com as organizações sociais que atuam em favelas e comunidades urbanas por meio da capacitação para maior eficiência em seus processos, recursos e pessoas, com ganhos nas suas atividades-fim nas áreas de geração de emprego e renda.
A intenção é fortalecer as organizações sociais que atuam com serviços urbanos, de saúde, educação, desportos, justiça, meio ambiente e outras atividades vinculadas ao desenvolvimento regional e social, gerando impacto positivo sobre a população desses territórios.
BNDES quer aproximação com regiões ‘mais necessitadas’, diz diretora
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, observou que o BNDES Periferias quer se aproximar cada vez mais das periferias brasileiras, principalmente nas regiões mais necessitadas.
O Banco informou que os editais são resultado da Caravana BNDES Periferias, que realizou escuta ativa presencial e virtual com as organizações sociais que atuam em favelas e periferias do Norte e Nordeste. Houve encontros presenciais, por exemplo, em Belém (PA), Recife (PE) e Salvador (BA), entre outubro e dezembro de 2024.
Ao todo, mais de 80 organizações sociais foram ouvidas e contribuíram, por meio da escuta ativa do BNDES, com a construção dos editais do BNDES Periferias Fortes. Em Belém, a caravana reuniu, em dezembro de 2024, representantes de 24 organizações sociais da periferia da capital paraense e de outras localidades da região Norte.
Sobre as atividades previstas, o Banco informa que caberá ao parceiro executor selecionado pelo BNDES, o apoio técnico pré-seleção, o processo de seleção, a capacitação e a mentoria das organizações; o apoio técnico e financeiro para formalização de coletivos; e a gestão e o repasse do apoio financeiro (de R$ 100 mil a 300 mil) para as organizações sociais capacitadas, além de bolsas de incentivo vinculadas à capacitação.
Periferias Verdes têm inscrições até 30 de maio
O BNDES Periferias Verdes tem inscrições abertas até 30 de maio, e conta com R$ 50 milhões para apoiar projetos ambientais com foco na inclusão produtiva da população local com ações de economia circular, agricultura urbana e resiliência climática.
O Banco lançou o BNDES Periferias em março de 2024, para apoiar projetos que incentivem o empreendedorismo em territórios periféricos. As duas primeiras chamadas públicas, que receberam aportes de R$ 50 milhões do BNDES cada, somaram 101 propostas inscritas, das quais 17 prosseguiram para a fase de análise.
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