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Belém tem o menor valor de seguros para automóveis, diz pesquisa

Custo da proteção veicular na capital paraense está 66% menor do que no Rio de Janeiro

Fabrício Queiroz

Os proprietários de veículos de Belém pagam o menor valor de seguro em comparação ao valor total do carro ou moto, considerando as oito regiões metropolitanas pesquisadas no país. Segundo o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), elaborado pela TEx, os paraenses pagaram em fevereiro o equivalente a 4,5% do total do patrimônio. Na outra ponta está o Rio de Janeiro, onde o valor é 66,6% maior, ficando na casa de 7,5%.

A região é um quesito importante para as seguradoras porque envolve a análise de risco, visto que há taxas de roubo e furto diferentes em cada localidade, por exemplo. Com base nesse critério, é possível estimar que o custo do seguro de um carro avaliado em R$ 65 mil pela tabela Fipe e três anos de uso pode ser de R$ 4.810 no Rio de Janeiro e R$ 2.925 em Belém. No entanto, a pesquisa esclarece que outras variáveis que interferem no preço do seguro. Entre elas estão as características do veículo, como idade, modelo e se ele é a combustão, hibrido ou elétrico.

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O levantamento aponta ainda que o índice subiu 6,7% no mês pesquisado, sendo essa a terceira alta mensal seguida. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi calculada em 17,5%. “Ainda sentimos os efeitos da pandemia, principalmente na indústria automobilística. Vimos no mês passado montadoras diminuindo a produção justamente pela falta de peças na cadeia de suprimentos do setor, levando o encarecimento de veículos seminovos e usados”, explica Emir Zanatto, CEO da TEx.

O executivo esclarece ainda que essa dificuldade da indústria potencializa o comércio de peças paralelas, que ocorrem em um cenário de furtos e roubos elevados, o que também contribui para os reajustes dos seguros. Uma situação oposta ocorre, por exemplo, com os veículos híbridos ou elétricos, que tiveram um IPSA cerca de 30% ao dos veículos a combustão.

”Isso provavelmente ocorre porque ainda não existe um mercado paralelo para as peças de carro elétrico, então o roubo/furto desses veículos é menor. O roubo/furto pode representar mais de 50% do preço do seguro em algumas regiões”, reitera Zanatto.

Considerando os dados veiculares, a pesquisa destaca que a idade do veículo e a quantidade de quilômetros rodados tendem a encarecer o custo dos reparos e, por isso, os seguros também são mais caros. Um exemplo é que a proteção para um carro 0 Km custa, em média, 4,6% de seu valor, enquanto que o seguro para um automóvel com seis a 10 anos de uso custa cerca de 8,6%, isto é, 87% a mais.

Comparativo do IPSA por região

  • Belém – 4,5%
  • Curitiba – 4,9%
  • Fortaleza – 4,9%
  • Recife – 5,6%
  • Belo Horizonte – 5,7%
  • Salvador – 6,3%
  • Porto Alegre – 6,5%
  • São Paulo – 7,4%
  • Rio de Janeiro – 7,5%
  • Fonte: IPSA / TEx

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