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Belém busca investimentos do Banco Mundial para obras estruturantes e melhorias na periferia

Em reunião com instituição, prefeitura prioriza investimentos pós-COP 30

O Liberal

Com o objetivo de viabilizar obras estruturantes e promover melhorias na periferia de Belém, a Prefeitura busca investimentos do Banco Mundial. Nesta quinta-feira (30/1), representantes do município se reuniram com uma delegação da instituição financeira internacional no Palácio Antônio Lemos, localizado no bairro da Cidade Velha, para discutir oportunidades de financiamento e projetos voltados ao desenvolvimento sustentável.  

Estiveram presentes no encontro o prefeito Igor Normando, o vice-prefeito Cássio Andrade, secretários municipais e membros do Banco Mundial. A principal pauta foi a captação de recursos para infraestrutura urbana e mobilidade, com foco especial nas áreas periféricas, garantindo que os investimentos resultem em um impacto duradouro para a cidade.  

Compromisso com o desenvolvimento  

Durante a reunião, o prefeito Igor Normando destacou a importância de recuperar a autoestima da população e transformar Belém em um centro de inovação, oportunidades e qualidade de vida. “Queremos que os cidadãos voltem a sentir orgulho de viver aqui, resgatando o pertencimento de quem constrói essa cidade diariamente. Para isso, buscamos o apoio do Banco Mundial para investimentos em infraestrutura, projetos sociais e programas de financiamento que impulsionem o desenvolvimento sustentável. Nosso objetivo vai além de sediar a COP 30. Queremos deixar um legado para Belém, criando um futuro que gere impactos reais e permanentes”, afirmou.  

Propostas do Banco Mundial  

A delegação do Banco Mundial apresentou programas voltados ao desenvolvimento sustentável e estratégias de captação de investimentos de longo prazo, com ênfase no período pós-COP 30. O evento climático da ONU, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, foi citado como uma oportunidade para alavancar novos projetos de infraestrutura e urbanização.  

O diretor do Banco Mundial para o Brasil, John Zutt, destacou a importância do encontro para compreender os desafios e oportunidades de desenvolvimento na Amazônia. “Estamos muito satisfeitos em realizar esta primeira reunião em Belém. Nossa equipe, composta por representantes de diversas instituições, busca entender melhor as realidades locais. Visitamos algumas comunidades, o que nos proporcionou um olhar mais detalhado sobre as necessidades da população e as possibilidades de atuação na região”, explicou.  

**Planejamento estratégico para os projetos**  

O secretário de Planejamento e Gestão, Humberto Bozi, reforçou a necessidade de estruturar os projetos de forma eficiente, garantindo que os investimentos sejam aplicados onde realmente são necessários. “Precisamos estabelecer um método bem definido para cada etapa dos projetos, permitindo avanços progressivos e um impacto significativo para a população”, ressaltou.  

Já o vice-prefeito, Cássio Andrade, enfatizou a necessidade de garantir que os investimentos resultem em obras estruturantes para as áreas mais vulneráveis. “Nosso pensamento vai além da COP 30. Precisamos assegurar que esses recursos se traduzam em melhorias concretas, especialmente na periferia, deixando um legado para a cidade”, afirmou.  

Parcerias em negociação 

Os representantes do Banco Mundial demonstraram interesse em apoiar projetos que fortaleçam o desenvolvimento sustentável da capital paraense, consolidando Belém como uma referência na região amazônica. As negociações para a formalização das parcerias devem avançar nas próximas semanas, com uma nova reunião entre a equipe técnica da Prefeitura e do Banco Mundial para definir os próximos passos. 

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Além do prefeito e do vice-prefeito, participaram da reunião os secretários municipais Humberto Bozi (Planejamento e Gestão), André Godinho (COP 30) e Ricardo Carneiro (Administração). Pelo Banco Mundial, estiveram presentes John Zutt (diretor para o Brasil), Manuel Reyes-Retana (diretor regional da International Finance Corporation – IFC), David Michaud (gerente da Prática de Água para América Latina e Caribe), Eli Weiss (líder do Programa de Desenvolvimento Sustentável), Luis Andres (líder do Programa de Infraestrutura para o Brasil), Luciana Bertini Galan (oficial sênior do IFC) e Candyce Rocha (assessora especial da Secretaria Extraordinária da COP 30 – Secop).

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