Ato pela educação será realizado nesta quarta-feira (15) em Belém

Classe educadora e movimento estudantil vão às ruas contra corte de verbas nas instituições de ensino

Elisa Vaz / Redação Integrada
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Estudantes, servidores e professores de instituições de ensino paraenses realizam nesta quarta-feira (15) um ato unificado na Praça da República, no bairro da Campina, em Belém, a partir de 8h, em defesa da educação pública e contra a Reforma da Previdência. O ato marca o início da greve nacional de educação, já aprovada pelas três categorias em assembleias gerais realizadas nas entidades de ensino locais. A ação consiste em uma preparação para a greve geral da classe trabalhadora em todo o Brasil, que deverá começar no dia 14 de junho, e pode parar setores além da educação.

De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), Taís Raniere, as classes foram motivadas pelos cortes anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro à educação no final do mês passado. Do total das verbas destinadas ao setor, segundo estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), houve corte de 39,68% na educação básica, 25,38% nas universidades federais, 34,54% nos institutos federais, 12,8% nos hospitais universitários, 8,8% no Financiamento Estudantil (Fies) e 20,9% na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pela concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

"Os cortes atingem os orçamentos de investimento, mas principalmente o custeio. As universidades federais do Pará, como UFPA, Ufra, Ufopa e Unifesspa, por exemplo, declararam que não irão conseguir arcar com os pagamentos das terceirizações, ou seja, limpeza e segurança, além de água, energia elétrica, bolsas de pesquisa e extensão, manutenção de equipamentos laboratoriais, aulas práticas e tantas outras coisas. Além disso, não só as instituições federais serão afetadas, mas também a educação básica e a própria Universidade do Estado do Pará (Uepa)", explicou Raniere.

Na concentração, na Praça da República, grupos de pesquisa e projetos de extensão das universidades farão exposição de trabalhos, para explicar os impactos negativos de corte de verbas da educação para a sociedade. A mobilização deve iniciar a partir de 10h, momento em que o grupo vai caminhar até a sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no bairro de Nazaré, para marcar a luta contra a Reforma da Previdência. Após isso, as categorias vão seguir até a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para entregar uma carta aos parlamentares, exigindo que se posicionem contra o corte de verbas para a educação. Outros municípios paraenses também vão aderir à greve, como Marabá, Santarém, Breves e Altamira, e várias cidades do Brasil.

"Esta quarta-feira será um grande dia de luta pela educação. A importância é marcar a luta dos setores combativos contra os retrocessos que o governo Bolsonaro propõe para a população", disse. Fora o Sindtifes, outras entidades trabalhadoras ligadas à educação apoiam a greve, como o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Pará (Sinduepa) e outros, além do movimento estudantil.

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