Arrecadação do IPTU em Belém supera valor de 2023 com aumento de 7,80% de janeiro a outubro
Dados foram disponibilizados pela Secretaria de Finanças de Belém (Sefin)
Dados foram disponibilizados pela Secretaria de Finanças de Belém (Sefin)
De acordo com dados coletados pela Secretaria de Finanças de Belém, o total de impostos coletados de janeiro a outubro deste ano de 2024 foi de R$ 1.154.824.766,30, um aumento de 8,49% comparado ao mesmo período do ano passado que foi de R$ 1.064.472.719,91. Houve ainda um aumento de 7,80% na arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) no período de janeiro a outubro deste ano alcançando um total de R$ 292.425.683,93, superando o valor de arrecadação do mesmo período do ano passado que foi de R$ 271.278.613,91.
Para o secretário da Secretaria de Finanças de Belém (Sefin), Mauro Gaia, esse crescimento se deve a uma série de ações desenvolvidas pela Prefeitura de Belém, por outros órgãos como o Tribunal de Justiça do Estado e o Tribunal Regional do Trabalho, em parceria com a Procuradoria Geral do Município, com medidas que buscam oportunizar aos contribuintes um espaço de atendimento para a regularização dos tributos. “Isso vai colocando a questão da tributação municipal na pauta para as pessoas. [...] Começa a haver essa mudança de cultura, uma cultura de cidadania, que nós chamamos de cidadania fiscal, que é justamente para contribuir com as receitas que o município precisa para prestar os serviços tão importantes para a cidade”, explica.
Umas das medidas postas em práticas para a regularização de pessoas inadimplentes no município de Belém foi a educação fiscal, uma abordagem que abrange a divulgação nas mídias sociais, planos específicos de regularização incentivada de forma que o contribuinte possa estar em dia com seus tributos. Essa medida também trouxe a facilidade da regularização de forma online, onde é possível, inclusive, fazer consultas e parcelar dívidas, emitir via de parcelamento, entre outros serviços, sem precisar ir a uma unidade de atendimento presencial.
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No estudo da Serasa atualizada em setembro deste ano revelou que no Brasil há 72,64 milhões de inadimplentes, estando o Pará em 18º no ranking de população mais inadimplente com 42,55%. Em Belém, no ano de 2023, o nível de inadimplência chegou ao seu nível mais baixo em 10 anos, alcançando a marca de 41%, de acordo com o secretário da Sefin, Mauro Gaia. Ele conta que esse crescimento na inadimplência no último ano no estado é resultado de um hábito em que se prefere utilizar o dinheiro para outras despesas em detrimento dos tributos municipais, ocasionando na dificuldade de regularização. “Isso é uma questão cultural que nós estamos trabalhando em todo o Brasil e aqui em Belém também, para ir mudando, para que as pessoas invertam essa prioridade, procurem priorizar os tributos municipais porque elas estão vendo a importância da zeladoria da prefeitura, a importância de encontrar as ruas pavimentadas, saneamento básico, iluminação pública, os atendimentos nas unidades de saúde, as próprias escolas municipais”, afirma.
O secretário também explica que o município de Belém adota um índice econômico de variação acumulada de 12 meses, no caso da capital paraense, o IPCA - E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, Especial), um índice de inflação divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse índice foi apurado de outubro de 2023 a setembro de 2024 com variação acumulada de 4,12%. “Esse é o reajuste que nós iremos fazer em todas as bases de cálculo dos tributos municipais por efeito de lançamento. Isso não configura aumento de tributo. Isso é reajuste inflacionário. Que é autorizado, inclusive, pela jurisprudência do judiciário em todo o Brasil, a atualização monetária da inflação”, acrescenta.