Aprovado na câmara, marco fiscal ainda é desconhecido por quase 80% da população
Segundo levantamento, apenas 5,9% dizem conhecer bem o projeto
O projeto do novo Marco Fiscal, que deve substituir o teto de gastos, cujo texto foi aprovado na última terça-feira (23), ainda é desconhecido ou ignorado pela maioria da população brasileira, segundo um levantamento feito pelo Paraná Pesquisas.
De acordo com a pesquisa, 76,9% dos entrevistados dizem não conhecer ou nunca terem ouvido falar da proposta apresentada pela equipe econômica do governo. Somente 23,1% dizem conhecer o marco fiscal, sendo 17,2% apenas “ouviram falar”, enquanto 5,9% afirmam conhecer bem a proposta.
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Na noite de terça (23), O projeto recebeu 372 votos favoráveis no plenário da Câmara e foi rejeitado por 108 parlamentares. Nesta quarta-feira (24), os destaques devem ser votados novamente e depois será encaminhado para o senado.
Taxa de Juros
O levantamento também perguntou aos entrevistados o que achavam da taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, atualmente, e de que forma isso afeta a economia brasileira.
Do total, 77,5% disseram que os juros são um problema para a economia do país, em uma pergunta de duas opções de escolha, sendo elas “um problema” ou “um grande problema”.
Do percentual, 46,2% afirmaram que os juros são “um problema” enquanto 31,3% disseram se tratar de um “grande problema”. Para 8,6% dos entrevistados, os juros a 13,75% ao ano não são um problema para a economia, enquanto 13,9% não souberam ou não responderam.
A pesquisa também questionou se os entrevistados acreditam que a situação financeira atual melhoraria com uma eventual redução de taxa de juros. Para 19,3%, a situação permaneceria a mesma, enquanto 3,2% disseram que pioraria e 6,5% não souberam ou não responderam.
O Paraná Pesquisa entrevistou 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em 164 cidades dos 26 estados do país e mais o Distrito Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 21 de maio.
O que é o novo marco fiscal?
O novo Arcabouço Fiscal é um mecanismo de controle de custos e despesas púbicas que irá substituir o Teto de Gastos, atualmente em vigor. O projeto visa extinguir a ideia de congelamento de gastos para colocar em prática um novo sistema, cuja proposta é que os gastos públicos cresçam de acordo com a arrecadação do governo.
*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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