Ao menos 59 voos extras estão programados para as férias de julho no Pará
Cerca de 80 mil passageiros são esperados nos aeroportos de Belém, Marabá e Santarém; preço das passagens aéreas assusta consumidores
Ao menos 59 voos extras com origem ou destino nos aeroportos de Belém, Marabá e Santarém estão previstos para o mês de julho. Com isso, cerca de 80 mil passageiros, em mais de 540 pousos e decolagens no Pará, devem ser transportados. Os dados foram repassados por uma companhia aérea que atua no estado. No Brasil, segundo o Ministério do Turismo, o setor está em alta este ano: 4,2 mil voos a mais serão oferecidos no período.
Cinco aeroportos do país vão receber esse contingente do Pará de forma direta, ou seja, sem escalas: Guarulhos, em São Paulo, terá 21 voos semanais. Já Brasília, no Distrito Federal, contará com 14 voos por semana, Macapá, no Amapá (4 voos semanais), Manaus, no Amazonas (1 voo semanal) e Fortaleza, no Ceará, (1 voo diário). Para Marabá e Santarém será operado 1 voo diário a partir de Brasília.
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As projeções do Ministério do Turismo para julho apontam que o Nordeste é a região que mais deve receber voos de todos os destinos do Brasil. A reportagem do Grupo Liberal apurou que, para o primeiro final de semana do mês de férias escolares, os preços para Fortaleza, saindo de Belém, variam entre R$ 643 e R$ 1.308, apenas ida. Para Salvador, capital da Bahia, os valores estão de R$ 983 a R$ 1.536 na mesma data.
Consumidora relata dificuldade em conseguir passagens
Duas semanas de pesquisa foi o tempo que a engenheira eletricista Leiliane Cunha, de 36 anos, passou para conseguir encontrar passagens aéreas por um preço razoável e que fossem nos dias necessários para a viagem. Ela tem bilhetes comprados para passar as férias e visitar parentes no Rio de Janeiro entre a primeira e a segunda semana de julho, mas não esquece das noites em claro que passou em busca das melhores ofertas.
“Eu pesquisei bastante, olhei nos sites das companhias, vi que as passagens estavam bem caras. Acho que por ser alta temporada. Olhei, também, aos finais de semana e tarde da noite, bem de madrugada, para ver se encontrava um preço mais razoável. Tentei por duas semanas e vi que estava se aproximando da data que eu precisava ir, então, comprei logo. O preço estava até bom”, relata.
A compra precisou ser feita por outro site, para garantir o preço. Leiliane conta que a diferença foi de R$ 200, na comparação com os valores oficiais das companhias. “Escolhi esse outro site porque estava com um preço melhor para o período. Tive que pesquisar antes sobre ele, também, e vi que, de fato, vendia passagens aéreas. Preferi arriscar. Os preços estavam bons”, conta a engenheira.
A reportagem pediu a quantidade de voos extras saindo ou chegando no Pará para a Azul Linhas Aéreas, Gol e Latam. Apenas essa última respondeu. Além disso, foi solicitado informações para a Infraero, que disse que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) teria os dados. Entretanto, a Anac afirmou ser de responsabilidade da Infraero esse tipo de previsão. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também foi demandada, mas não retornou até o fechamento desta edição.